quarta-feira, 3 de outubro de 2007

.:. Projeto de retina artificial vence Prêmio Fundação Altran 2007 .:.

Projeto de pesquisador francês receberá premiação de € 1 milhão convertido em consultoria

O professor Sahel, junto a sua equipe do Instituto da Visão do Hospital de Quinze-Vingts, em Paris, criou uma retina artificial que recupera parcialmente a visão, permitindo que deficientes visuais e cegos tenham noção de espaço ao se moverem em locais fechados e possam ler caracteres grandes

Em cerimônia realizada em Paris, ontem, foi escolhido o projeto vencedor da 10ª edição do prêmio da Fundação Altran que, em 2007, teve o tema “Mending the human body, through technological innovation”. O vencedor foi o francês professor José Sahel, que desenvolveu uma retina artificial. Sahel foi escolhido entre seis finalistas, incluindo o cientista brasileiro Josuê Bruginski de Paula, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), que apresentou o protótipo de um esfíncter artificial.

Todas as propostas foram analisadas por um júri internacional composto por especialistas da Altran, de outras empresas e de instituições ligadas ao tema proposto. Ao vencer diante de 137 propostas inscritas, Sahel receberá como prêmio €1 milhão convertido em consultoria da Altran – empresa líder no mercado europeu de Consultoria em Tecnologia e Inovação. Para o desenvolvimento do projeto da retina artificial, Sahel receberá o apoio de todas as áreas de competência da Altran em pesquisa e inovação, incluindo desde o gerenciamento de projetos até o design e industrialização do produto final.

“Apoiar projetos de pesquisa que contribuam com o avanço da ciência e da tecnologia é o nosso objetivo. Graças à Fundação Altran, todos os projetos premiados nos últimos 10 anos resultaram em novos produtos e serviços, em sua maioria, comercializados internacionalmente”, explica Patrick Dauga, presidente da Altran no Brasil.
Retina Artificial.

Atualmente, cerca de 1,5 milhão de pessoas no mundo sofre com a degeneração da retina. E este número tem crescido constantemente por conta do aumento da expectativa de vida. O professor Sahel, junto a sua equipe do Instituto da Visão do Hospital de Quinze-Vingts, em Paris, criou uma retina artificial que recupera parcialmente a visão, permitindo que deficientes visuais e cegos tenham noção de espaço ao se moverem em locais fechados e possam ler caracteres grandes.

A prótese de retina é introduzida na posição do órgão original e estimula as células restantes a produzirem as imagens visuais. Um consórcio multidisciplinar composto por médicos, oftalmologistas, químicos, biólogos e pacientes foi constituído para produzir e testar estes implantes, produzidos a partir de estruturas de diamante e outros materiais biocompatíveis e altamente fotossensíveis.

Alguns parceiros industriais já estão envolvidos e os primeiros protótipos serão produzidos já em 2009. Ou seja, a partir de 2011, a primeira retina artificial poderá estar disponível ao mercado.

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