sábado, 23 de fevereiro de 2008

.:. “MUITAS VIDAS PODEM SER SALVAS COM DOAÇÃO DE MEDULA ÓSSEA, UM PROCESSO SIMPLES QUE PRECISA SER DIVULGADO E DESMISTIFICADO” .:.

A frase é da presidente da Associação Brasileira de Linfomas e Leucemia (ABRALE), Merula Stegall, sobre a notícia da morte do menino Edygleison Martins dos Santos, de apenas quatro anos, não suportou a espera por um transplante de medula óssea e morreu na noite da última terça-feira (19/02), em Umuarama, a cerca de 550 quilômetros de Curitiba, noroeste do Paraná.

Segundo o que foi publicado na imprensa, a família informou que um doador de medula compatível com o menino já tinha sido encontrado nos Estados Unidos e o transplante deveria ser feito em cerca de três meses. No entanto, o estado de saúde de Edygleison se agravou nos últimos dias e ele teve uma parada cardíaca.

Para Merula, ainda há um mito sobre dor e condições de saúde durante a doação de medula óssea, mas o processo é mais simples do que se imagina. É preciso ir a um hemocentro habilitado e coletar uma pequena amostra de sangue, material que será encaminhado a um laboratório credenciado para o exame de histocompatibilidade.

Os resultados são enviados ao REDOME, o banco de dados nacional de doadores voluntários de medula óssea. A doação consiste em uma microcirurgia com apenas um dia de internação hospitalar e repouso. Em 15 dias a medula óssea está completamente regenerada.


BOAS IDÉIAS

Para Merula, campanhas de doação de medula óssea como a que será realizada em março pela prefeitura de São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo, devem ser aplaudidas. A prefeitura disponibilizou material de coleta para reposição, 40 enfermeiros, ambulância, o local e informações sobre a doação.

“Colocar uma unidade móvel à disposição das pessoas em faculdades e diversos bairros, para coleta de sangue e cadastro de medula óssea, como fez o Centro de Hemoterapia e Hematologia do Espírito Santo (Hemoes), significa dar esperança para muitos pacientes em tratamento. É nessas idéias e campanhas que devemos espelhar nossa luta”.

Como um de seus principais objetivos, a ABRALE também promove campanhas para que doação de medula óssea seja um tema mais conhecido e menos temido. Quinzenalmente, a ONG apresenta palestras para fazer com que pacientes e familiares conheçam mais sobre os tipos de tratamentos da leucemia e outros cânceres no sangue, além de organizar coletas de sangue junto a empresas para aumentar o cadastro de doadores de medula.

EM FORTALEZA
Aqui em Fortaleza foi feita uma grande campanha de repercussão mundial no caso do menino Mateus de Aquino, também de quatro anos, que faleceu quando quase conseguia a doação. A campanha que mobilizou gente de todos os estados brasileiros e outras partes do mundo teve um grande número de pessoas cadastradas e cerca de 16.000 só no Estado do Ceará, que se cadastraram no Redome. Oito vidas foram salvas.

Devido à campanha o Complexo Turístico Beach Park criou o BP Voluntário, movimento que incentivará os funcionários a fazerem doações e a se comprometerem com serviços sociais, ampliando o espírito solidário da empresa.A primeira edição do projeto aconteceu no dia 06 de dezembro de 2007, quando crianças carentes e portadoras de câncer tiveram um dia bem diferente de suas rotinas.
Uma parceria entre o Beach Park e a família de Mateus Cariri Araripe de Aquino proporcionou um dia de muita diversão e solidariedade, ao mesmo tempo em que incentiva campanha de doação de medula óssea iniciada pela família de Mateus.

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