quarta-feira, 11 de junho de 2008

.:. NA SEMANA MUNICIPAL DE INCENTIVO À DOAÇÃO DE MEDULA ÓSSEA (14 a 21/06) PRESIDENTE DA ABRALE LEMBRA:

“O PROCEDIMENTO É SIMPLES E PODE SALVAR UMA VIDA”

Durante a campanha, a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE), ao lado da Secretaria Municipal da Saúde; da Associação da Medula Óssea de São Paulo (AMEO); e o Hemocentro da Santa Casa de São Paulo, concentram esforços para divulgar a importância da doação da medula óssea, oferecendo informações sobre a importância e os procedimentos sobre a doação voluntária. “Precisamos acabar com os mitos sobre a doação de medula óssea. É mais simples do que se pensa e o resultado pode ser a cura de um paciente”, afirma a presidente da ABRALE, Merula Steagall.

Todos os anos 7.500 brasileiros recebem o diagnóstico de leucemia, tipo de câncer que compromete a produção do sangue. Para grande maioria a única esperança é realizar um transplante de medula óssea. Muitos pacientes não encontram o doador na família e dependem de um doador cadastrado no registro de doadores. Atualmente o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), órgão ligado ao Instituto Nacional do Câncer, conta com mais de 687.000 doadores cadastrados, número que tem aumentado, mas, ainda não atende todas as necessidades. Em média, 1.200 pacientes aguardam um doador compatível.

Cadastro

Para fazer o cadastro é preciso ter ente 18 e 55 anos e bom estado de saúde. Em São Paulo, o doador deve comparecer ao Hemocentro da Santa Casa de Misericórdia, à rua Marquês de Itu, 579, Vila Buarque, Centro. O horário é de segunda à sexta das 7h30 às 18h e aos sábados das 7h30 às 15h. Não é necessário agendar. Informações pelo telefone: (11) 2176-7000 ramal 5962. O preenchimento de uma ficha de identificação com números de RG e CPF é o primeiro passo para o cadastro, além da coleta de sangue para teste de compatibilidade. Os dados serão registrados no Redome e ao aparecer um paciente com a medula compatível, o doador é chamado e novos testes sanguíneos serão feitos para a confirmação da compatibilidade e consulta final sobre a doação.

Compatibilidade

Segundo o Redome, o grande problema na doação é a necessidade de 100% de compatibilidade da medula óssea entre o doador e o receptor. A chance de encontrar uma medula compatível no registro brasileiro é em média 1 em 100 mil. Um irmão ou familiar HLA compatível (antígenos leucocitários de histocompatibilidade) é considerado o melhor doador, mas de 25% a 30% dos pacientes encontram a solução na família.

Como é feita a doação de medula óssea

Existem duas formas de doar as células progenitoras ou células-mãe da medula óssea. Uma relacionada à coleta das células diretamente de dentro da medula óssea (nos ossos da bacia) e a outra por filtração de células-mãe que passam pelas veias (aférese).

A punção é realizada com agulha especial e seringa na região da bacia, para que é retirada a quantidade de medula (tutano do osso) equivalente à uma bolsa de sangue. O doador é anestesiado para não sentir dor, procedimento que dura em média 60 minutos. A sensação do doador é semelhante a uma queda ou uma injeção oleosa, com duração de dois a quatorze dias. Não é uma cirurgia, por isso não tem cortes ou pontos. O doador fica em observação por um dia no hospital.

No caso da coleta feita pela veia, o procedimento é realizado pela máquina de aférese. O doador recebe um medicamento por cinco dias que estimula a multiplicação das células-mãe, que migram da medula para as veias e são filtradas. O procedimento dura em média quatro horas, quando se obtém o número adequado de células. O efeito colateral mais freqüente causado pela medicação é dor no corpo como acontece com a gripe.

O médico informa qual será a melhor forma de coleta de células, dependendo da doença e da fase em que se encontra o paciente. A reconstituição da medula será rápida para o doador, que possui medula óssea sadia e bom estado de saúde. Em casos especiais e raros, como compatibilidade com outra pessoa, o doador poderá doar novamente a medula óssea.

Nenhum comentário: