“O PROCEDIMENTO É SIMPLES E PODE SALVAR UMA VIDA”
Durante a campanha, a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE), ao lado da Secretaria Municipal da Saúde; da Associação da Medula Óssea de São Paulo (AMEO); e o Hemocentro da Santa Casa de São Paulo, concentram esforços para divulgar a importância da doação da medula óssea, oferecendo informações sobre a importância e os procedimentos sobre a doação voluntária. “Precisamos acabar com os mitos sobre a doação de medula óssea. É mais simples do que se pensa e o resultado pode ser a cura de um paciente”, afirma a presidente da ABRALE, Merula Steagall.
Cadastro
Para fazer o cadastro é preciso ter ente 18 e 55 anos e bom estado de saúde. Em São Paulo, o doador deve comparecer ao Hemocentro da Santa Casa de Misericórdia, à rua Marquês de Itu, 579, Vila Buarque, Centro. O horário é de segunda à sexta das 7h30 às 18h e aos sábados das 7h30 às 15h. Não é necessário agendar. Informações pelo telefone: (11) 2176-7000 ramal 5962. O preenchimento de uma ficha de identificação com números de RG e CPF é o primeiro passo para o cadastro, além da coleta de sangue para teste de compatibilidade. Os dados serão registrados no Redome e ao aparecer um paciente com a medula compatível, o doador é chamado e novos testes sanguíneos serão feitos para a confirmação da compatibilidade e consulta final sobre a doação.
Compatibilidade
Segundo o Redome, o grande problema na doação é a necessidade de 100% de compatibilidade da medula óssea entre o doador e o receptor. A chance de encontrar uma medula compatível no registro brasileiro é em média 1 em 100 mil. Um irmão ou familiar HLA compatível (antígenos leucocitários de histocompatibilidade) é considerado o melhor doador, mas de 25% a 30% dos pacientes encontram a solução na família.
Como é feita a doação de medula óssea
Existem duas formas de doar as células progenitoras ou células-mãe da medula óssea. Uma relacionada à coleta das células diretamente de dentro da medula óssea (nos ossos da bacia) e a outra por filtração de células-mãe que passam pelas veias (aférese).
A punção é realizada com agulha especial e seringa na região da bacia, para que é retirada a quantidade de medula (tutano do osso) equivalente à uma bolsa de sangue. O doador é anestesiado para não sentir dor, procedimento que dura em média 60 minutos. A sensação do doador é semelhante a uma queda ou uma injeção oleosa, com duração de dois a quatorze dias. Não é uma cirurgia, por isso não tem cortes ou pontos. O doador fica em observação por um dia no hospital.
No caso da coleta feita pela veia, o procedimento é realizado pela máquina de aférese. O doador recebe um medicamento por cinco dias que estimula a multiplicação das células-mãe, que migram da medula para as veias e são filtradas. O procedimento dura em média quatro horas, quando se obtém o número adequado de células. O efeito colateral mais freqüente causado pela medicação é dor no corpo como acontece com a gripe.
O médico informa qual será a melhor forma de coleta de células, dependendo da doença e da fase em que se encontra o paciente. A reconstituição da medula será rápida para o doador, que possui medula óssea sadia e bom estado de saúde. Em casos especiais e raros, como compatibilidade com outra pessoa, o doador poderá doar novamente a medula óssea.
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