segunda-feira, 29 de setembro de 2008

.:. BANCO DO BRASIL APRESENTA MOSTRA DE FILMES COM JOSÉ DUMONT .:.

CCBB Itinerante traz a mostra “José Dumont: O Homem que Virou Cinema!” com nove filmes do ator. No dia 02 (quinta-feira), José Dumont participa de debate na Unifor
Foto: Divulgação
O Centro Cultural Banco do Brasil Itinerante, em comemoração aos 200 anos do BB, apresenta em Fortaleza, entre os dias 30 de setembro e 03 de outubro, na Unifor, a mostra “José Dumont: O Homem que Virou Cinema!”, composta de nove filmes do ator José Dumont. A trajetória de carreira do intérprete transita por diferentes fases do cinema brasileiro e por filmes de diretores com estilos distintos.

A programação contempla desde filmes dos anos 70/80, como Tudo Bem, de Arnaldo Jabor, Coronel Delmiro Gouveia, de Geraldo Sarno, O Homem que Virou Suco, de João Batista de Andrade, A Hora da Estrela, de Susana Amaral, e Minas Texas, de Carlos Alberto Prates Correa, até obras mais recentes, como Abril Despedaçado, de Walter Salles, Árido Movie, de Lírio Ferreira, Os Narradores de Javé, de Eliane Caffé, e Os 2 Filhos de Francisco, de Breno Silveira.

Esses 30 anos de profissão cobertos pela programação é sinal da longevidade e da atividade ainda intensa de Dumont. Desde os prêmios nos festivais de Gramado e Brasília de 1981 por O Homem que Virou Suco, no qual vive as agruras de um nordestino em conflitante esforço de adaptação em São Paulo, o ator teve as portas dos sets de filmagem abertas, tornando um dos rostos mais presentes e mais expressivos da produção brasileira dos muitos anos seguintes.

No dia 2 de outubro (quinta-feira), às 20h, após a sessão de Narradores de Javé, de Eliana Caffé, haverá um debate com o ator, que estará acompanhado dos cineastas cearenses Rosemberg Cariry e Ivo Lopes Araújo.

O CCBB Itinerante também traz a Fortaleza atrações de outras áreas culturais. No dia 2 de outubro, Antonio Abujamra protagoniza o monólogo cômico A Voz do Provocador, no Teatro Celina Queiroz, e volta ao palco na noite seguinte, no mesmo local, para comandar Provocações, baseado em seu programa de entrevistas na TV Cultura, com direitos a manifestações poéticas e políticas.

De 30 de setembro a 3 de outubro, acontece a oficina Foto em Pauta, na Unifor, com aulas práticas e teóricas do professor e fotógrafo Eugenio Sávio. As inscrições devem ser feitas no endereço
www.fotoempauta.com.br.

Nos dias 2 e 3 de outubro, é a vez das oficinas literárias Escritores Brasileiros, que serão realizadas na Universidade Federal do Ceará Na noite de abertura, doutora em Letras e Lingüística e professora da PUC_RJ Eliana Yunes fará palestra sobre leitura e literatura e a atriz Cássia Kiss lerá trechos de obras de Raquel de Queiroz.

No dia 3, serão realizadas, também na Universidade Federal do Ceará, oficinas com as professoras Eliana Yunes e Lídia Cavalcanti, do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Federal do Ceará.


SOBRE O ATOR
José Dumont em O Homem Que Virou Suco

José Dumont foi premiado três vezes com o Kikito de Melhor Ator, em Gramado, três vezes vencedor do Candango, no Festival de Brasília, escolhido melhor ator em 1999, pela APCA – Associação Paulista dos Críticos de Arte, e premiado também em Havana, Miami, Recife e Rio de Janeiro. José Dumont é um sucesso indiscutível. O ator consegue transitar com grande criatividade e talento entre os mais diversos perfis de personagens.

Filho de Severino e Maria Porpino, nascido em Belém do Caiçara, no sertão da Paraíba, José Dumont foi criado pelo avô. Aprendeu a ler sozinho, a partir do cordel. O primeiro palco do futuro ator foi a casa do avô. Logo começou a ler novenas e o Novo Testamento para os vizinhos.

Mudou-se para São Paulo na juventude e trabalhou na Fábrica Progresso, nos Correios e numa fábrica de moinhos. Descobriu a arte de representar, aos 25 anos de idade, quando se envolveu numa peça de Eduardo Campos, dirigida por Haroldo Serra, que falava da periferia de Fortaleza, O Morro do Ouro.

O cinema viria pelas mãos de Zelito Viana. Após acompanhar um especial para TV escrito por Gianfrancesco Guarnieri, o cineasta resolveu chamar José Dumont para estrelar, ao lado de Jofre Soares e Stênio Garcia, o filme Morte e Vida Severina. O ator tinha então 27 anos e mudava-se para o Rio de Janeiro, onde acreditava que conseguiria muito trabalho e sucesso.

Morou numa pensão no Catete e passou um ano difícil depois do filme de Zelito. Voltou a aparecer nas telas em participações pequenas como as de Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia de Hector Babenco, Se Segura Malandro de Hugo Carvana, e, depois, como Piauí no filme de Arnaldo Jabor, Tudo Bem. Este personagem rendeu a Dumont um inesquecível elogio de Paulo Gracindo: “Esse menino vai ser um dos maiores atores do Brasil”. Mais que elogio, a frase se revelou um prognóstico.

SERVIÇO:
José Dumont – O Homem que Virou Cinema!
Data: 30 de setembro a 03 de Outubro de 2008
Local: UNIFOR
Salas: B e C
Capacidade: 60 lugares cada sala (120 lugares)
Horário: sessões 16h, 18h e 20h.
Entrada Franca


DEBATE:
02/10 – 20h
Debatedores: José Dumont, Rosemberg Cariry e Ivo Lopes

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