terça-feira, 23 de setembro de 2008

.:. SATISFEITOS SEXUALMENTE, NORTISTAS E NORDESTINOS SÃO EXIGENTES COM APARÊNCIA E DESEMPENHO .:.


Pesquisa Mosaico Brasil revela semelhanças e diferenças no perfil afetivo-sexual de soteropolitanos, manauenses e fortalezenses

Sexo, amor, afeição, desempenho, qualidade da ereção, aparência, desejos e receios. Esses foram alguns temas abordados junto aos homens e mulheres de Manaus, Fortaleza e Salvador na pesquisa Mosaico Brasil, realizada nas regiões Norte e Nordeste do País.

Coordenado pela professora Carmita Abdo, coordenadora também do Projeto Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, com o apoio da Pfizer, o estudo ouviu 1.925 homens e mulheres com mais de 18 anos nessas três capitais.

Segundo dados da pesquisa, cerca de 95% das mulheres fortalezenses, soteropolitanas e manauenses declararam que o sexo é importante ou muito importante para a harmonia do casal. Idem para os homens de Manaus e Salvador.

Mas, entre os de Fortaleza, o percentual sobe para 97,9%. O desempenho sexual é uma preocupação freqüente para 65,2% dos homens soteropolitanos e 63% dos manauenses. O percentual cai para 57,2% entre os homens de Fortaleza.

O desempenho sexual também é uma preocupação para mais da metade das mulheres entrevistadas: 50,2% das fortalezenses e 51,2% das soteropolitanas dizem se preocupar em manter um bom desempenho. Já as mulheres de Manaus estão comparativamente mais preocupadas: 58,8%.Para mais de 70% das mulheres das três cidades a realização sexual depende de ambos os parceiros.

Em Salvador, 73,1% dos homens declararam o mesmo; percentual um pouco menor em Fortaleza – 67,4% e menor ainda em Manaus: 64,8%. Os homens e mulheres de Manaus estão à frente na satisfação sexual: 84,2%, tanto deles como delas, classificam sua vida sexual como boa ou excelente.

Nessa questão, a porcentagem para os homens de Fortaleza e Salvador cai para 79,7% e 77,3%, respectivamente. Entre as mulheres de Fortaleza, 77,1% declaram ter uma vida sexual boa ou excelente, índice que é menor entre as soteropolitanas: 71,1%.

Quando questionados sobre o receio de decepcionar o parceiro na relação sexual, as mulheres e os homens de Fortaleza são os mais confiantes: 42,9% deles e 44,9% delas não têm medo de decepcionar na hora do sexo.

Nesse aspecto, os entrevistados das outras cidades ressentem-se mais: apenas 33,6% dos homens e 37,7% das mulheres de Manaus não têm medo de decepcionar o parceiro, índices que, em Salvador, correspondem a 30,8% dos homens e 34,2% das mulheres.

Quando o assunto é qualidade de vida, as opiniões são bem divergentes entre as cidades e, especialmente, entre os gêneros. Homens de Salvador e Fortaleza acreditam que a atividade sexual só é menos importante do que ter uma alimentação saudável e o tempo de convivência com a família. Para os manauenses, o sexo cai para o quinto lugar em um ranking de 10 itens, perdendo para alimentação saudável, tempo de convivência com a família, prevenção e cuidados com a saúde e trabalhar no que gosta.

Já para as mulheres de Fortaleza, Salvador e Manaus, o sexo aparece nos últimos lugares – 9ª posição em Fortaleza e Salvador e 10ª em Manaus. As fortalezenses consideram alimentação saudável, convivência com a família, trabalhar no que gosta, cuidados com a saúde, convivência social, qualidade do sono, atividades culturais e hobbies, tirar férias regularmente, nessa ordem, como os principais indicadores de uma vida com qualidade.

Para as soteropolitanas, alimentação saudável, convivência com a família, qualidade do sono, trabalhar no que gosta, cuidados com a saúde, atividades culturais e hobbies, praticar exercícios físicos, convivência social, nessa ordem, estão à frente do sexo no que tange à qualidade de vida. As manauenses ainda acrescentam mais um item a essa lista – tirar férias regularmente – e o sexo para elas fica em último lugar.

As conversas sobre sexo com a família são mais abertas e freqüentes para mais da metade dos participantes do estudo nas regiões Norte e Nordeste. “Este é um aspecto que tem se modificado ao longo do tempo. Há 10 anos, sexo não era um tema discutido com a família tão abertamente como é hoje”, afirma a professora Carmita Abdo.

Pela pesquisa, entre sentir vontade de ter uma relação e abordar a parceira, 69,8% dos homens de Salvador e de Manaus e 63% dos de Fortaleza precisam de até 30 minutos. Entre as mulheres, este índice é de 61% em Manaus, 58,4% em Fortaleza e 52,6% em Salvador. Nesta questão, chama a atenção o percentual das mulheres de Fortaleza que não abordam o parceiro – 17,7%, frente a 15,7% em Manaus e 13,1% em Salvador; o percentual dos homens fica entre 3% e 5% em todas as cidades.

Mais de 90% das soteropolitanas e manauenses afirmam que para o homem a aparência da parceira é um fator importante para o estímulo sexual, percentual um pouco menor entre as mulheres de Fortaleza – 88,2%. Os homens de Salvador e Fortaleza concordam (90,8% e 91,4%, respectivamente), mas o índice cai um pouco para os manauenses – 86,9%.

As mulheres soteropolitanas se destacam quando o assunto é a influência da auto-imagem no desempenho sexual – 68% delas consideram que essa associação existe, frente a 66,9% das manauenses e 61,4% das fortalezenses. Já para os homens das três capitais, o índice gira em torno de 59%

Para mais de 60% dos homens de Salvador e Fortaleza, a preocupação da mulher com sua aparência física é comparável à do homem com a ereção, mesma opinião de cerca de 63% das manauenses e soteropolitanas. Os índices caem entre as mulheres de Fortaleza (55,4%) e os homens de Manaus (58,2%).

Mais da metade dos homens de Fortaleza (52,4%) perceberam uma piora na qualidade de ereção com o passar dos anos. Para os soteropolitanos, a porcentagem é de 41,8% e para os manauenses, 37,7%.

A freqüência semanal com que homens e mulheres fazem sexo é semelhante nas três cidades. Homens manauenses, fortalezenses e soteropolitanos disseram ter cerca de três relações por semana, em média, enquanto as mulheres responderam ter duas.

Para homens e mulheres das três capitais, em um mesmo encontro acontecem, em média, duas relações sexuais, com a segunda ocorrendo em até uma hora depois da primeira para 84,8% das mulheres de Manaus, 68,4% das fortalezenses e 66,2% das soteropolitanas; e para 81,8% dos homens de Manaus, 78,5% dos de Salvador e 77,3% dos fortalezenses.

QUEM PARTICIPOU DA PESQUISA

O Mosaico Brasil entrevistou 206 homens e 194 mulheres na cidade de Manaus; 367 homens e 307 mulheres em Fortaleza e 393 homens e 458 mulheres em Salvador, todos acima de 18 anos. A faixa etária entre 18 e 50 anos agrupou 87,2% dos homens e 89,3% das mulheres de Salvador; 74,1% dos homens e 84,8% das mulheres de Fortaleza; e 95,9% dos homens e 95% das mulheres de Manaus.

A pesquisa é nacional e está mapeando, ao longo deste ano, o comportamento afetivo-sexual do brasileiro em 10 capitais. Rio de Janeiro e Belo Horizonte tiveram seus dados divulgados em junho. Os resultados de Porto Alegre e Curitiba foram revelados em julho e no último dia 9 de setembro foi a vez de Cuiabá e Brasília.*

A maioria dos homens casados pesquisados está entre os fortalezenses (59,2%), percentual que, entre as mulheres de Fortaleza, é de 42%. Os homens casados de Salvador foram 50,3%, e as mulheres, 42,6%. O maior percentual de mulheres casadas pesquisadas está em Manaus (49,5%), onde os homens com este estado civil somaram 56,1%.

Quanto à orientação sexual, na capital cearense, 89,3% dos homens e 91,8% das mulheres declararam-se heterossexuais. Em Manaus, declararam-se heterossexuais 93,4% dos homens e 89,8% das mulheres. E em Salvador, são heterossexuais 90,4% dos homens e 93,5% das mulheres. Os homens homossexuais de Fortaleza somaram 7,2% e as mulheres, 6,1%; em Manaus, os homens homossexuais são 4,9% e as mulheres, 9%; enquanto em Salvador são homossexuais 8% dos homens e 5,3% das mulheres.

*Por enquanto, não é possível fazer a comparação entre os resultados já divulgados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Os dados de cada capital apurados pela pesquisa Mosaico Brasil só serão compilados comparativamente ao final do estudo, quando será traçado o perfil afetivo-sexual do brasileiro.



DIFICULDADE DE EREÇÃO É APONTADA POR MAIS DE 40% DOS HOMENS DE FORTALEZA, MANAUS E SALVADOR

Manter a ereção é problema para quase metade dos homens entrevistados da pesquisa Mosaico Brasil

Mais da metade dos homens de Fortaleza, Manaus e Salvador participantes da pesquisa Mosaico Brasil conseguem sempre obter ereção e manter o pênis ereto em uma relação sexual. Boa parte dos entrevistados, entretanto, sinalizou algumas falhas, mas referiu manter a ereção na maioria das vezes: 41,1% dos fortalezenses, 35,1% dos soteropolitanos e 31% dos manauenses.



Apresentam falha erétil freqüente ou sempre 11,5% dos homens de Manaus, 9,2% dos de Salvador e 7,8% dos de Fortaleza. Portanto, 48,9% dos fortalezenses; 44,3% dos soteropolitanos e 42,5% dos manauenses têm algum grau de dificuldade de ereção (leve, moderada ou completa).

Quando perguntados sobre a reação de suas parceiras frente à falha de ereção, respectivamente 40% dos homens de Salvador e Fortaleza responderam nunca terem falhado; o índice sobe para 47,4% entre os homens de Manaus. Essa porcentagem é bem menor nas respostas das mulheres: 34,8% das soteropolitanas, 35,5% das fortalezenses e 36,9% das manauenses referiram que o parceiro “nunca” falhou.

“Um fato interessante observado na pesquisa é que as mulheres percebem mais a falha dos homens durante a relação sexual do que eles relatam”, comenta a professora Carmita Abdo, coordenadora do Mosaico Brasil.

Entende-se por dificuldade de ereção a incapacidade de obter e/ou manter uma ereção suficiente para um desempenho sexual satisfatório. A disfunção psicogênica é mais freqüente em homens mais jovens, geralmente relacionada à insegurança, à ansiedade ou à depressão.



Com o avançar da idade, é comum o homem sentir maior dificuldade em manter o pênis ereto, por razões de origem orgânica – normalmente associadas à pressão alta, colesterol elevado, diabetes ou problemas cardíacos – ou mista (mescla de origem orgânica e psicogênica).


Em qualquer dos casos, o grau da disfunção pode variar entre leve, moderada e completa.

Dentre os participantes do Mosaico Brasil das regiões Norte e Nordeste que decidiram usar um medicamento para melhorar a ereção, 24,6% dos soteropolitanos, 15,1% dos fortalezenses; e 5,9% dos manauenses não consultaram suas parceiras antes.



Entretanto, a pesquisa revela que as mulheres convivem bem com o uso: somente 2,2% das soteropolitanas; 5,1% das fortalezenses e 4,7% das manauenses foram totalmente contra.

Mesmo passados 10 anos do lançamento do primeiro medicamento para o tratamento da disfunção erétil, o Viagra, ainda são necessários mais esclarecimentos sobre essa dificuldade e seu tratamento, uma vez que entre 30% e 35% das mulheres entrevistadas não têm opinião definida sobre o uso desse tipo de medicamento.

Existe tratamento para todos os graus e tipos de dificuldade de ereção. Mesmo portadores de insuficiência cardíaca, pressão alta e outras doenças relacionadas ao sistema cardiovascular podem fazer uso de medicamentos para o tratamento da disfunção erétil, como o Viagra, orientados por seus médicos. Justamente nesses casos, a maioria dos pacientes se beneficia do uso.

DEZ ANOS DE VIAGRA

Uma década de evolução em disfunção erétil e sexualidade

Viagra (citrato de sildenafila), o medicamento que transformou a vida de milhares de homens e mulheres ao redor do mundo, está celebrando seu décimo aniversário neste ano. Desde que recebeu aprovação para o tratamento da disfunção erétil (DE) há 10 anos, o produto foi utilizado por mais de 35 milhões de homens em 120 países, registrando mais de 1,8 bilhão de comprimidos vendidos. Viagra é o medicamento para o tratamento de disfunção erétil mais prescrito no mundo, com uma média de seis pílulas azuis comercializadas por segundo.

A descoberta de que Viagra poderia tratar disfunção erétil foi praticamente acidental. Quando os cientistas em Sandwich, Reino Unido, desenvolveram o primeiro passo para inibir a enzima chamada PDE5, o que resulta no aumento do fluxo sanguíneo, eles estavam atrás de um tratamento para angina (dor no peito).



Mas durante as pesquisas clínicas com o citrato de sildenafila, os paciente relataram a ocorrência de ereções, de maneira que os estudos foram redirecionados para o tratamento da disfunção erétil.

“Foi emocionante descobrir, durante as primeiras etapas de pesquisa, que Viagra poderia se converter em um tratamento tão aguardado por homens com disfunção erétil”, diz Ian Osterloh, líder da equipe de Viagra na época do registro e lançamento do medicamento.

Segundo o pesquisador, quando as pessoas começaram a ler notícias sobre estudos para o desenvolvimento de um comprimido para disfunção erétil, muitos pacientes escreveram para incentivar a continuação das investigações.



“Apesar de acharmos que Viagra fosse ficar conhecido, nunca imaginamos o sucesso e o impacto que o medicamento teria na sociedade”, admite Osterloh.

Viagra foi lançado em 1998, 13 anos depois do início das pesquisas com a sildenafila, e se tornou um dos medicamentos mais conhecidos de toda a história. Em 1999, a palavra Viagra já constava no Dicionário Inglês Oxford.

A disfunção erétil tem impacto significativo na qualidade de vida dos casais. Estudos têm revelado que uma vida sexual plena está intimamente relacionada com a satisfação geral das pessoas.



Antes de Viagra, as opções de tratamento para disfunção erétil eram limitadas, incômodas e constrangedoras, como injeções intracavernosas no pênis, próteses e bombas a vácuo.

Viagra ajudou milhões de homens a superar a disfunção erétil e abriu caminhos para diminuir o estigma associado a essa condição. A chegada do medicamento ao mercado incentivou discussões sobre sexualidade entre profissionais de saúde e a população em geral.



Estima-se que a incidência de algum grau de disfunção erétil na população masculina brasileira acima de 40 anos é de 48%. A disfunção erétil está associada a problemas orgânicos, psíquicos ou mistos e pode ser de intensidade leve à completa.


VIAGRA EM NÚMEROS


MUNDO

Lançamento nos EUA - Abril de 1998
Total de países que vendem o produto - 120
Estudos clínicos - Viagra foi estudado em 67 estudos clínicos controlados, que envolveram aproximadamente 14 mil pacientes.

Pacientes tratados com Viagra desde o lançamento até setembro de 2007 - Cerca de 234 milhões de prescrições foram emitidas para cerca de 35 milhões de homens no mundo todo.

Número de comprimidos de Viagra vendidos no mundo desde o seu lançamento até setembro de 2007 - Desde 1998, foram vendidos cerca de 1,8 bilhão de comprimidos de Viagra no mundo, o que equivale a 6 pílulas vendidas por segundo.


BRASIL

Lançamento no Brasil - Junho de 1998
Número de comprimidos vendidos em 1998 - 3,8 milhões de comprimidos

Número de comprimidos vendidos em 2007 - 7,1 milhões de pílulas azuis comercializadas. Crescimento de 97% em comprimidos em relação ao ano de lançamento

Total de comprimidos vendidos de 98 a 2007 - 80 milhões de comprimidos vendidos no Brasil


FICHA TÉCNICA

Princípio ativo - Citrato de sildenafila
Indicações - Usado para o tratamento de disfunção erétil (DE), que se entende como sendo a incapacidade de atingir e/ou manter uma ereção suficiente para um desempenho sexual satisfatório.

Eficácia - Viagra é eficaz em todos os graus de disfunção erétil, de leve à completa, de etiologias orgânica, psicogênica ou mista.

Como funciona - Viagra é um bloqueador seletivo da fosfodiestarase 5 (PDE-5), o que resulta no aumento do fluxo sanguíneo no pênis, permitindo a ereção e sua manutenção.
Contra-indicação - O Viagra não pode ser usado em conjunto com medicamentos à base de nitratos.