Apologia à tristeza é um dos traços da tribo escolhida por alguns adolescentes. Médica orienta os pais a acompanhar de perto os filhos
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Com um tom dos góticos e darks da década de 80, os Emos são a mais recente tribo dos centros urbanos. Batizado a partir da abreviação da palavra inglesa emotional, o movimento ganhou força entre os jovens brasileiros em 2003, em São Paulo, e depois se espalhou por todo o País. “Podemos reconhecer um integrante pelas roupas exóticas, sempre em cores escuras como preto e roxo. Há também, um estilo próprio de cabelo e maquiagem”, descreve a hebeatra Mônica Mulatinho, da Cia do Adolescente & Família, em Brasília.
Avessa a qualquer tipo de rotulação - especialmente no trato com jovens, que estão em plena transformação -, a médica não pôde deixar de notar um traço forte entre os adeptos do movimento. “Há uma apologia à tristeza no discurso emo, a melancolia é quase um estilo de vida para eles. Tudo bem, quando se trata apenas de uma atitude de contestação. Mas, a questão preocupa quando isso esconde alterações de ordem psíquica”, esclarece a médica.
Nos últimos meses, Dra. Mônica registrou uma procura crescente de pais que buscam compreender melhor o movimento. “Ao verificar, por exemplo, a lista de comunidades do filho no Orkut, alguns notaram a adesão a sites que pregam o suicídio”, descreve. Segundo a especialista, nesses casos, os pais devem redobrar a atenção e avaliar se há sintomas adicionais como distúrbios de alimentação, sono, humor, entre outros. “Na dúvida, devem procurar assistência profissional, com vistas a afastar o diagnóstico de depressão”, orienta.
Seja qual for o caso, a médica é enfática: todo adolescente escolhe companhias que se alinham ao temperamento e ao comportamento que ele vivencia no momento. “A pior escolha que os pais podem fazer é julgar a tribo, atribuindo a ela a responsabilidade pelo novo visual e pela atitude do filho. Acompanhar de perto o que o jovem faz e com quem anda, estabelecendo limites com afetividade é uma das maiores demonstrações de amor. E isso não pode ser delegado, é tarefa dos pais”, conclui.
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