sábado, 8 de setembro de 2007

.:. Denúncia: Alonso aceita “delação premiada” .:.


Max Mosley, presidente da FIA – Federação Internacional de Automobilismo, revelou que mandou uma carta para os pilotos da McLaren – Lewis Hamilton, Fernando Alonso -- e para o piloto de testes da equipe, Pedro de la Rosa, solicitando colaboração com as investigações. Ele solicita qualquer documento que dê indícios de que a McLaren, de alguma forma, usou as informações roubadas da Ferrari. Na última semana, Fernando Alonso entregou para a FIA os emails trocados com Pedro de la Rosa com dicas de como acertar o carro para os pneus Bridgestone, baseado em informações passadas a ele por Mike Coughlan, ex-projetista da McLaren – e receptor dos dados sigilosos furtados da Ferrari pelo ex-chefe dos mecânicos Nigel Stepney.

Alonso explicou que entregou os emails para colaborar com a entidade que “comanda o esporte que amo. Quando a FIA pede algo assim, temos a obrigação de ajudar. Não quis prejudicar ninguém, não estou entregando minha equipe”. Mas vale lembrar que a carta de Mosley tinha um tom ameaçador: “nada será usado contra vocês, mas se a FIA descobrir que alguém está omitindo informações, vocês poderão sofrer sérias consequências”.
Correm boatos de que a carta enviada aos pilotos tenha sido escrita depois da “delação premiada” de Alonso contra sua própria equipe. Mas a denúncia do piloto espanhol pode ter tido algo mais que uma simples atitude de honestidade e de ajuda à entidade máxima da Fórmula 1. A intenção de Alonso pode ter sido para encurtar sua permanência no time, já que a sua relação com a McLaren está estremecida.
Há uma cláusula em seu contrato que este pode ser rescindido automaticamente caso a equipe seja responsável por situações que prejudiquem sua imagem. E os boatos vão ainda mais longe, que Alonso está negociando sua volta para a Renault ou conversando com a Toyota com um contrato milionário. Mas atitudes estranhas e suspeitas vêm acontecendo a cada Grande Prêmio. Ontem por exemplo, assim que os treinos terminaram, Flavio Briatore, da Renault, foi visto entrando no motor home da McLaren. Assim que saiu, Briatore justificou sua ida à “casa de Ron Dennis” porque estaria interessado em comprar o motor home da adversária. E ainda alfinetou: “vim tratar pessoalmente porque não gosto de tratar por telefone e nem por email”. Depois de tanta confusão, a FIA convocou uma reunião de seu Conselho Mundial para a próxima quinta-feira, dia 13, em Paris, na França. Fonte: Motocar, revista eletrônica.

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