quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

.:. Identidade e possibilidade .:.

“Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” - II Crônicas 7:14

A identidade nos abre a porta para a possibilidade. O possível geralmente depende do que somos e com o que, ou com quem, nos identificamos.

O norte-americano, por exemplo, devidamente identificado, dificilmente terá portas abertas na maioria dos países muçulmanos, suas possibilidades serão extremamente limitadas. O palmeirense, vestido com sua camisa verde e branca, dificilmente ousará torcer abertamente pelo seu time sentando-se em meio às torcidas organizadas do Corinthians. Seria loucura.

Uma das maiores dificuldades de muitos policiais militares, no atual estágio de violência em que nos encontramos, é justamente se permitir identificar pela farda na vizinhança de sua residência, principalmente na periferia. A possibilidade de continuar vivo e não prejudicar sua família aumenta consideravelmente se não houver identificação.

No texto de II Crônicas o Senhor restringiu nossas possibilidades espirituais de forma interessante. Aqueles que são identificados com Ele, por usarem o seu nome, têm a possibilidade de ter os pecados perdoados e a sua terra sarada, desde que se identifiquem plenamente: humildade, oração, busca e conversão dos maus caminhos.

Uma rápida passeada pelas igrejas da moda, principalmente as chamadas mega-igrejas, mostrará claramente as dificuldades que “o povo que se chama pelo meu nome” está enfrentando para conseguir se enquadrar nos quesitos propostos por Deus para confirmar sua identidade.Humildade, por exemplo, não é item que faça parte do “menu” da teologia da prosperidade.

Conversão dos maus caminhos, tornou-se um ítem excessivamente nebuloso. Para todos os maus caminhos – claramente definidos como perigosos à vida espiritual na Palavra de Deus – encontram-se explicações e justificativas lógicas, perfeitamente adaptadas à pós-modernidade, de forma a não parecerem “tão pecaminosos”.

Jesus, devidamente identificado diante do túmulo de Lázaro – “Pai, graças te dou porque sempre me ouves” – alegrou-se com a ressurreição do amigo. Paulo, identificado pelas marcas visíveis que trazia em seu corpo, como conseqüência da perseguição sofrida por amor a Jesus, implantava o Reino de Deus por onde passava.

Daniel, plenamente identificado com um reduzido grupo de pessoas que resolveram firmemente não se contaminar, foi colocado em posição de destaque no reinado de Nabucodonosor.

A sua identidade, com certeza, definirá as suas possibilidades. Foi o próprio Jesus que definiu isso claramente: “Não te disse eu que se creres verás a glória de Deus?” (João 11:40).


Oswaldo Chirov chirov@igrejadafamilia.org.br

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