sábado, 22 de março de 2008

.:. Especialista apresenta os benefícios do uso de cinto de segurança na redução de fraturas craniofaciais .:.

Não apenas o cinto de segurança, mas também os air bags têm sido importantíssimos na redução da mortalidade nas estradas
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Craniomaxilofacial (SBCC) promove, de 12 a 14 de junho de 2008, o X Congresso de Cirurgia Craniomaxilofacial, sob o tema Trauma no Século XXI. Convidados internacionais, de diversas partes do mundo, como África, América do Sul, Estados Unidos e Europa, e também de diversas especialidades, debaterão temas como anomalias congênitas e tumores, novas abordagens, diagnóstico e tratamento.
Um dos temas de destaque no evento será a discussão sobre a redução do número de fraturas craniofaciais ocorrida desde a obrigatoriedade do uso do cinto de segurança nos veículos e do advento dos air bags.
De acordo com o Dr. Sérgio Moreira da Costa, coordenador da Clínica de Cirurgia Plástica do Hospital Felício Rocho e membro do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital das Clinicas da UFMG, esta redução tem sido constatada em todas as capitais nas estatísticas de atendimentos em hospitais de pronto socorro. “Em Belo Horizonte não é diferente.
Devido à melhora no atendimento pré-hospitalar, ou seja, após a instalação dos serviços de resgate (ambulâncias), vítimas graves, que morriam antes de ser socorridas, agora chegam vivas ao pronto socorro por conta do pronto atendimento”.
Fotos: Divulgação
O uso do cinto de segurança, embora provoque multa por não ser usado, deve ser utilizado pelo motorista e demais ocupantes do veículo, por salvar vidas e não pela multa
Criança tem que usar cinto de segurança – foto – e sentar no banco traseiro

Sem dúvida, o cinto de segurança, o air bag e o resgate representam um grande avanço nesta área, porém, o preparo das equipes encarregadas do primeiro atendimento ao trauma craniofacial ainda preocupa os médicos e as autoridades da área.

“Poucos hospitais possuem equipes multiprofissionais estruturadas para garantir um bom atendimento. O ideal seria que mantivessem plantões permanentes de médicos especialistas em cirurgia craniomaxilofacial, o que não ocorre na maioria dos hospitais em virtude do reduzido números de profissionais especializados nesta área de atuação”.

De acordo com o Dr. Sérgio, o primeiro atendimento visa principalmente à manutenção da vida até a instituição do tratamento definitivo. A melhor oportunidade de tratar as fraturas craniofaciais vem a seguir. Chamada de fase aguda vai de uma a três semanas após o trauma.

“Na falta de cirurgiões craniomaxilofaciais, o paciente é operado por cirurgiões gerais, dentistas ou cirurgiões plásticos, sem o devido treinamento na área de atuação”.

O ideal, segundo especialistas, é a transferência rápida do paciente para centros especializados em cirurgia craniomaxilofacial, com equipe multidisciplinar treinada para o tratamento do trauma.

No Congresso, além de discutir o aperfeiçoamento profissional daqueles que se propõem a atender vitimas de traumas craniofaciais, serão realizados workshops e a prova de avaliação para obtenção do certificado de área de atuação em cirurgia crânio-maxilo-facial para médicos.

O X Congresso de Cirurgia Craniomaxilofacial acontece no Maksoud Plaza. Mais informações em www.sbcc.org.br ou (11) 3341-2980 e 3207-8241.

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