sexta-feira, 4 de abril de 2008

.:. A SEXUALIDADE E SEUS MITOS .:.

Esclarecer as dúvidas sobre as verdades e mentiras que permeiam o imaginário popular pode ser mais simples do que se imagina

Imagens: Banco de Dados/Divulgação


Um assunto difícil para muitos, a sexualidade não deve ser motivo de insegurança para ninguém. Uma boa conversa entre os parceiros ou com um especialista no assunto pode ajudar a superar o constrangimento sobre as dificuldades relativas à vida sexual de muitos homens e mulheres. Confira a seguir os mitos e verdades sobre este tema, que deveria ser sinônimo de felicidade e prazer.

A influência da lua na sexualidade feminina
MITOS

Sobre homens:
• Os negros têm mais impulso sexual que os brancos
• O homem é o encarregado de comandar o sexo, sendo o responsável também pelo orgasmo da mulher
• Ejaculação precoce só acontece com homens jovens e disfunção erétil é um problema de homens idosos
• Homens idosos não podem usar medicamento para dificuldade de ereção por causa do risco de o medicamento causar um ataque do coração
• O desejo e a potência sexual diminuem sensivelmente depois dos 40-45 anos
• Medicamento para disfunção erétil causa dependência
• O homem sempre quer e está disposto para o sexo
• O tamanho do pênis influi no prazer
• A maioria dos homens só toma os medicamentos para dificuldade de ereção para ‘pular a cerca’ ou fazer festinha – o chamado ‘uso recreativo’

Sobre mulheres:
• A necessidade sexual da mulher é menor que a do homem
• As mulheres frígidas o são por natureza e jamais conhecerão o orgasmo
• A menopausa é o fim da vida sexual da mulher
• É melhor que o homem com disfunção erétil procure tratamento para o proble­ma sozinho, sem a parceira, para que ela não se sinta ofendida
• A dor durante a relação sexual acomete somente as mulheres frígidas
• A mulher sente-se melhor quando tem relações somente por amor
• Sexualmente a mulher é passiva e o homem é ativo
• As mulheres mais jovens sentem mais prazer que as mais velhas
• O orgasmo feminino deve ser simultâneo ao do homem para uma relação sexual praze­rosa
• A relação sexual acaba após a ejaculação do homem

VERDADES

Sexo e o casal
O Estudo da Vida Sexual do Brasileiro (Abdo, C., 2004 ) constatou que 96,1% das brasileiras e 96,0% dos brasileiros consideram o sexo importante ou importantíssimo para a harmonia do relacionamento.

Disfunção erétil
Um levantamento do Instituto de Pesquisas Datafolha com mais de 2 mil pesso­as que convivem com a disfunção erétil mostrou que 40% das mulheres cujos parceiros apresentam dificuldade de ereção têm a auto-estima abalada pelo pro­blema. Além disso, 29% delas afirmam que o problema afetou o relacionamento em geral, não somente a parte sexual.

Tratamento
No Brasil, a disfunção erétil afeta cerca de 11 milhões de homens, sendo que apenas 15% deles estão em tratamento, apesar de existirem soluções para o problema, como os medicamentos orais. O Cialis (tadalafila) é um deles e possui como diferencial a eficácia por até 36 horas, possibilitando que o casal escolha o melhor momento para a relação sexual. O medicamento começa a agir 30 minutos depois de ingerido e é absorvido mesmo com bebidas e alimentos.

Andropausa
O termo mais aceito para esta fase é DAEM, sigla para Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino, que consiste na queda acentuada dos níveis de testosterona. Isto significa que a di­minuição deste hormônio ultrapassa 1% ao ano em homens a partir dos 40 anos – parte do processo normal do envelhecimento masculino. Esta condição acomete apenas de 15% a 20% da popu­lação masculina com mais de 40 anos e o homem continua fértil. Os sintomas incluem mudanças como diminuição da massa muscular e da resistência física, aumento da gordura corporal, depressão, osteoporose e diminuição do volume e consistência testicular, irritabilidade, diminuição da concentração e o sintoma que talvez mais preocupe os homens: a diminuição da libido. O tratamento pode ser por meio de administração hormonal masculina, com comprimidos orais, adesivos e géis para a pele ou injeção.

Menopausa
Por volta dos 50 anos, o organismo feminino desacelera a produção do estrogênio, um dos grandes responsáveis pelas diferenças entre homens e mulheres. Durante a adolescência, este hormônio é responsável, por exemplo, pelas mudanças ocorridas no corpo das meninas, como desenvolvimento do útero e da vagina, crescimento de pêlos, alargamento dos quadris, desenvolvi­mento das mamas e distribuição de gordura principalmente nos quadris e coxas. Com a diminuição do estrogênio, inicia-se o período conhecido como climatério, fase que antecede a menopausa. Este fato acarreta o aparecimento de sintomas como ondas de calor, crises de sudorese, palpitações, vertigens e cefaléias. Quando a produção de estrogênio é cessada por completo, a mulher pára de menstruar e perde a capacidade reprodutiva.

Orgasmo feminino
Um grande número de mulheres tem dificuldade para che­gar ao orgasmo. O Estudo da Vida Sexual do Brasileiro (Abdo, C., 2004) aponta que 26,2% das mulheres em geral têm este problema, que é mais acentuado entre as mais jovens, até 25 anos, e as mais velhas, com mais de 61 anos.

Relação sexual e dor
Sentir dor durante a relação sexual é sinal de que algo não está bem, pois em condições normais, a penetração vaginal é indolor. Apesar deste problema ser bastante comum entre as mulheres, chegando a atingir 17,8% do público fe­minino em geral (Adbo, C. - Estudo da Vida sexual do Brasileiro - EVSB, 2004), poucas mulheres abordam o assunto com os médicos. Grande erro, já que em muitos casos as causas são facilmente tratáveis e, quanto mais cedo o tratamen­to começar, mais cedo as dores cessarão, principalmente nos casos que exigem um tratamento complexo.

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