No próximo dia 22 de maio, feriado de Corpus Christi, os arredores da Praça da República será invadido por centenas de milhares de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais. É a VIII Feira Cultural GLBT de São Paulo que ocorre, pela primeira vez, naquela praça, após ter ocorrido no Vale do Anhangabaú, em 2007, e no Largo do Arouche nos seis primeiros anos.
Texto: Cezar Xavier
Foto: Divulgação
A última edição reuniu cerca de 150 mil pessoas para ver shows, comprar e se orientar nas tendas de ONGs e oficinas de erotismo, saúde e direitos.A Feira é organizada pela Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLBT), mesma ONG que organiza a Parada, há 12 anos. A Parada encerra o mesmo feriado prolongado, ao ocupar a Avenida Paulista, no domingo (25), com uma multidão de milhões de participantes.O palco terá novas atrações, pois, além dos tradicionais shows de drag queens, haverá espetáculos de teatro e músicas de variados estilos. Os DJs de música eletrônica não poderiam faltar com destaque para dois novos talentos selecionados durante processo promovido pela Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo (APOGLBT).
A temática do Mês do Orgulho, deste ano, "Homofobia mata! Por um estado laico de fato", estará mais disseminada entre o público freqüentador, pois diversas performances e até teatro de bonecos ocorrerão em meio ao público, entre outras surpresas. "Queremos que a Feira seja ainda mais atraente e divertida para o público, sem perder de vista o foco da reivindicação", confirma o presidente da APOGLBT, Alexandre Santos, o Xande. Um dos principais momentos da Feira é a entrega do Prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade, que destaca ações políticas e destaques culturais relativos à valorização da cidadania GLBT.Mercado e terceiro setor
Além do palco em frente ao edifício da Secretaria Estadual de Educação, virado para a Rua do Arouche, a Feira terá 53 tendas com venda de produtos de moda, design, editoriais, musicais, entre outros. Serão 15 barracas de alimentação na área onde costuma ter a Praça de Alimentação da feira de artesanato dos sábados e domingos, naquele mesmo local. As organizações não governamentais também terão o espaço de vinte tendas para divulgar seus projetos. A disputada tenda de prevenção será dividida em duas para receber mais público para as oficinas. A APOGLBT terá suas tendas institucionais e negocia-se com a Prefeitura uma tenda lounge para exibição de filmes.
A feira terá um espaço maior para as disputadas oficinas, tematizando Erotismo, Saúde e Direitos. Serão duas tendas que lotarão a cada hora, entre 13h e 18h, na esquina da Rua Pedro Américo com a Rua Joaquim Gustavo.Os palestrantes serão os advogados do projeto Rede Cidadã (APOGLBT), Cleo Dumas (União homoafetiva) e Gustavo Menezes (Não se cale! Dicas para garantir seus direitos), os psicólogos da APOGLBT, Ricardo Gamboa (Sexualidade e prazer gay) e Ana Ferri (Erotismo e cuidados de si para mulheres que curtem mulheres) e a drag queen Dindry Buck (Na cama com Dindry Buck - dicas de saúde e segurança).
Cezar Xavier é assessor de imprensa da APOGLBT SP
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