O cinza e o beje também predominaram, com muita transparência em tecidos leves que encantaram a estilista carioca Cristina Deccache, uma das sócias do Atelier Real, que lança novos talentos. “Gostei muito da leveza dos tecidos para o verão, da mistura de estampas e da composição harmônica”, elogiou Cristina, surpresa com a qualidade da marca que ainda não conhecia.
A Cholet abusou ainda das calças de cintura alta, bem como do modelo amplo das pantalonas, em atmosfera onde predominou o romantismo. Para a comerciante mineira Tânia Horta, debutando no Fashion Business, o desfile serviu como uma rica fonte de inspiração. “Faço uma pesquisa para me decidir se compro ou crio minhas peças. Ainda não tomei minha decisão, mas gostei dos detalhes do desfile, como as saias justas de pano trabalhado com cinto do mesmo tecido”, descreve a proprietária da loja Tânia Aliamentos, em Belo Horizonte. Para a comerciante baiana Claudete Flores Moraes, também pela primeira vez na bolsa de negócios, o melhor do desfile foram os tecidos de cores leves. “Também gostei muito dos listrados”, acrescentou.
MÚSICA AO VIVOFotos:Divulgação
Realmente, as modelos também pareciam envolvidas na produção, que deu o tom para a roupa com a cara do verão do Rio de Janeiro, como definiu a comerciante carioca Deborah Pereira, proprietária da loja As Meninas. Ela é freqüentadora assídua da bolsa de negócios, onde se inspira para a criação de suas peças. “A mistura de flores e borboletas ficou uma gracinha”, derramou-se.
O clima era anos 70, com silhuetas lânguidas e fluidas das modelos que serviram de pano de fundo às pinceladas pink, kani e lima, toques pop aos tecidos de tom polvilho. Babados sublinhavam a feminilidade, enquanto vestidos e batas brancas de finos tecidos de algodão bordados remetiam à estação mais quente do ano.
O jeans — uma das marcas registradas da Equatore — fez uma única aparição, numa pantalona bem larga, boca de sino e lavada. Com referência no passado, a grife conseguiu valorizar, e muito, o novo e o inédito.
Os tecidos são fluidos, como palha, organza e musseline, todos de seda, dando leveza às modelagens com dobraduras, drapeados, babados, laços e volumes de flores localizados. As cores coral, rosa bouquet, flôr-de-lis e verde pacifico são neutralizados com os tons poeira, blu notte, cobre e branco.
Segundo as estilistas Beth e Camila Faria, os desfiles técnicos “ajudam a ampliar as vendas do estande na feira de negócios depois que os clientes vêm o caimento das peças no corpo das modelos.” Para elas, as princesas do século 21 são elegantes no modo de ser e vestir e modernas na atitude.
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