sábado, 30 de agosto de 2008

.:. CARTA DO LEITOR .:.

Um leitor do BLOG e da revista CHIC nos manda correspondência indignado com o tratamento que tem recebido por parte da concessionária Extrema e da Land Rover, desde que a sua Land Rover Freeland 2 SE começou a apresentar problemas. Eis a integra da carta.


Prezado Marcondes Viana,
Editor da Revista Chic

Gostaria de sugerir como pauta para sua coluna, uma avaliação das reais condições das concessionárias de carros importados no Ceará no que tange a cobertura das garantias de fábrica, abordando-se principalmente disponibilidade de peças, expertise mecânica do pessoal de oficina, apoio do fabricante às demandas dos clientes etc.

Desde o último dia 22 de julho, minha Land Rover Freelander II SE, com apenas 9000 km rodados e ainda na garantia, encontra-se parada na oficina da concessionária por falta de peças.

UM BREVE RELATO DO PROBLEMA:

Desde maio de 2007, pela representativa bagatela de R$ 140.000.00, sou o não-tão-feliz proprietário de uma Land Rover Freelander II SE. O carro possui atributos de conforto e design que me levaram à compra, mas já em dezembro de 2007 começaram os dissabores com os serviços da Concessionária Extrema e com a Land Rover do Brasil.

O carro teve um de seus vidros lateral quebrado por um assaltante, à seguradora imediatamente (em 20/12/2007) acionou a concessionária para reposição do referido. Por não haver disponibilidade no Brasil, o vidro foi importado da Inglaterra, segundo informações do agente de seguros. Por iniciativa própria, procurei uma empresa de blindagem automotiva, a B3, que muito gentilmente me cedeu um vidro para uso provisório. O problema só veio a ser resolvido em 04/04/2008, desconcertante 103 dias depois. Tempo em que, pelo entendimento comum, o carro não poderia rodar.

OUTRO PROBLEMA

O defeito que mantém o carro parado atualmente vem desde sua aquisição, e acontece de forma esporádica: dada a partida, o carro funcionava e morria logo em seguida, depois de algumas tentativas, voltava ao normal.

Na concessionária, fui informado que esse defeito havia sido relatado por outros proprietários e que se devia a uma pequena mangueira, a qual seria substituída tão logo houvesse disponibilidade no almoxarifado. Com o tempo, a freqüência da falha foi aumentando e, na falta de um contato da oficina, levei novamente o carro. Quando o recepcionista foi colocá-lo para dentro da oficina, o defeito ocorreu.

Qual não foi minha surpresa quando o citado recepcionista me informou que o motor de arranque do carro havia sido condenado pelo mecânico, que o carro não pegava mais, que não havia disponibilidade deste sistema sequer no Brasil. A peça seria solicitada à matriz da Land Rover na Inglaterra.

O prazo estimado pelo recepcionista para reparo: inacreditáveis 03 meses.
Para quebrar um pouco a seqüência surreal dos fatos e afirmações, o rapaz disse que eu não me preocupasse, que a Land Rover providenciaria um carro reserva, sendo apenas necessário que eu contatasse o 0800 da Land Rover Brasil.

O atendente do 0800 imediatamente desmentiu o recepcionista dizendo que não era política da Land Rover fornecer carro reserva. Sob insistência, disse que verificaria a possibilidade e me daria um retorno. Retorno esse que veio dias depois na forma de um retumbante NÃO.

Só obtive alguma atenção da concessionária quando coloquei anúncio de venda do carro nos jornais locais e nacionais nos seguintes termos:
“Vendo Freelander II, com garantia de fábrica, estado de zero, parada há um mês na concessionária por falta de peças no Brasil”.

A gerente comercial da concessionária me contatou para maiores informações sobre o problema e para, pasme, me disponibilizar um carro. Afirmou solícita que iria tentar resolver a situação. Pediu “apenas” que eu retirasse o anúncio.

Além do fundamental direito como consumidor de usufruir plenamente o bem adquirido e das contingências restritivas envolvidas no fato de ficar sem automóvel, acumulo outros prejuízos e aborrecimentos: o tempo de garantia do carro não deixa de correr enquanto ele se encontra parado por falta de peças, o mesmo se aplica à cobertura do seguro. Isso não é levado em consideração quando a reparação proposta é um carro reserva, com atraso de um mês.

Acredito sinceramente que o fato dos envolvidos representarem potenciais ou efetivos anunciantes não impacta o papel primordial dos meios de comunicação para com a verdade e a utilidade pública.

Isto posto, junto ao fato de Fortaleza ser um dos maiores mercados de veículos importados do País, sugiro fortemente uma pauta que aborde o assunto. Coloco-me à sua disposição para maiores informações.

Abelardo Targino
Médico Oftalmologista

Av. Dom Luís 1233 – 14º andar. Telefones: (85) 8883-4441/ 3486-6366

DA REDAÇÃO: A pauta será discutida e sua carta foi mandada para a concessionária e a Land Rover. A resposta será publicada aqui no BLOG, bem como na próxima edição da CHIC, que vai circular em setembro.

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