sexta-feira, 29 de agosto de 2008

.:. OS RISCOS DA REPOSIÇÃO HORMONAL MASCULINA .:.

Diminuição do desejo sexual, piora na qualidade das ereções penianas, perda de força muscular, aumento da gordura visceral, aparecimento da osteoporose e enfraquecimento da memória. Essas são algumas das conseqüências da andropausa, problema causado pela queda da produção da testosterona e que afeta cerca de 15% dos homens com mais de 50 anos. A testosterona é um hormônio produzido nos testículos; sua reposição é a saída para contornar o distúrbio, mas podem existir riscos para o paciente.

“Algumas medicações orais de testosterona são altamente tóxicas para o fígado e podem estar relacionadas ao aparecimento de câncer nesse órgão. Além disso, pacientes que tenham câncer de próstata em atividade ou câncer de mama masculino têm contra-indicação absoluta de receber qualquer forma de testosterona”, afirma o urologista Celso Gromatzky, diretor da secção paulista da Sociedade Brasileira de Urologia e responsável pela Unidade de Medicina Sexual da Disciplina de Urologia da Faculdade de Medicina do ABC.

Ele coordenará uma mesa-redonda que debaterá os riscos da reposição hormonal masculina durante o X Congresso Paulista de Urologia, evento que acontece de 3 a 6 de setembro, em São Paulo. “Vamos discutir os riscos e as formas de contorná-los ou minimizá-los”, diz Celso Gromatzky,

Segundo ele, a reposição hormonal não pode ser encarada como uma suplementação para melhorar a potência sexual, como ocorria na década de 1980. “É necessário que se caracterize a existência da deficiência hormonal para indicar a reposição, e mesmo assim avaliando os benefícios e os riscos para cada paciente”, diz. Ele acrescenta que durante a reposição hormonal é preciso ainda que o paciente seja cuidadosamente monitorado com relação à próstata e aos parâmetros ligados à viscosidade do sangue.

O diagnóstico da andropausa, também chamada de Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM), é realizado após os 40 anos de idade e a doença tende a ser mais freqüente com o avanço do envelhecimento. O interesse dos pacientes pela reposição hormonal tem crescido nos consultórios dos urologistas. “Cabe ao médico avaliar e mostrar ao paciente os benefícios e riscos da reposição hormonal” finaliza.

Serviço: O X Congresso Paulista de Urologia entre os dias 3 a 6 de setembro no Hotel WTC, em São Paulo. Promovido pela Sociedade Brasileira de Urologia, secção São Paulo, o evento contará com especialistas renomados do Brasil e do exterior para discutir doenças e tratamentos relacionados à urologia. Para detalhes da programação científica, visite o site do evento:
www.sbu-sp.org.br/cpu/index.php

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