O zíper pode aparecer com total destaque nos trajes e, em outros momentos, figurar somente como um fecho discreto
De uso tão costumeiro quanto maçanetas em portas, o zíper nem parece uma invenção centenária e que se tornou artigo de primeira necessidade em calças, bermudas, jaquetas, saias, vestidos, bolsas, calçados, malas e numa variedade de produtos que não se restringem ao universo da moda.
O artigo tem hoje o requinte do design moderno e da tecnologia avançada, podendo até ser um dos principais detalhes nos artigos de moda. Mas não foi sempre assim. Criado em 1891 pelo americano W.Jadson, que precisava resolver o incômodo de amarrar os cordões de seus sapatos, o zíper só passou a ser amplamente usado décadas mais tarde.
“Nomes conhecidos da alta-costura passaram a usá-lo com freqüência, dando, inclusive, destaque para o aviamento em algumas peças. Pierre Cardin, Yves Saint-Laurent, Mary Quant e André Courrèges foram alguns dos pioneiros”, destaca Tatiana Nigro, diretora de estilo da Maison Le Lis Blanc.
E se pensarmos na sua história, o zíper presenciou o movimento hippie e também as conquistas espaciais, fechando os macacões dos astronautas que chegaram à lua. Também aderiu definitivamente ao jeans, o maior best-seller da moda.
“Hoje, os estilistas lançam mão de tudo que tem disponível em termos de tecnologia, aviamentos e componentes em geral, incluindo as variações do zíper”, ressalta Tatiana.
Mas, como tudo na esfera do fashion, a presença do componente como adorno é muito sazonal. Em determinados ciclos, ele pode aparecer com total destaque nos trajes e, em outros momentos, figurar somente como um fecho discreto.
"Atualmente sua versão aparente está super na moda, de forma que é utilizado em vestidos de festa, em tecidos nobres como chiffon e shantung de seda. Em nossa última coleção de inverno, por exemplo, o colocamos em metal fosco grosso em vestidos e regatas de GGT de seda pura estampado, como também em vestido de Shangtung e saias, atribuindo à pecas clássicas um ar moderno e contemporâneo", lembra ela.
O zíper contemporâneo é fruto de um conjunto que envolve equipamentos modernos e matérias-primas melhores e mais variadas, metais dourados e niquelados, plástico e poliéster.
De qualquer forma, hoje o componente está em alta. É enfeite constante de peças consagradas nas passarelas dos desfiles nacionais e internacionais. Os de plástico podem ser facilmente encontrados em maiôs, jaquetas estilo esquiador e até em roupões.
“Existe uma democracia quando se trata do zíper enquanto detalhe para agregar valor a uma peça, seja ela em seda, em malha ou em algodão. Porém temos que respeitar o caimento dos tecidos e por conta do peso de um zíper mais grosso, o cuidado e o investimento em tecnologia para costurá-lo são fundamentais”, conclui Tatiana.
CORES
Os principais fabricantes do item permanecem atentos às cores e introduzem periodicamente, novos tons à sua cartela. Entre as principais empresas do ramo a YKK, por exemplo, reúne 56 cores diferentes conforme a variação das estações.
Na Metalúrgica Ultra, são oferecidas cerca de 40 tonalidades. Já as Linhas Correntes preparou este ano cerca de 100 opções, englobado os tons básicos do inverno e os do verão.
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