terça-feira, 15 de junho de 2010

.:. QUEM DISSE QUE ZUMBIDO NÃO TEM CURA? .:.

Noutra tarde, aconteceu mais um encontro do Grupo de Apoio a Pessoas com Zumbido (GAPZ), que é realizado todo início de mês no Hospital das Clínicas, em Curitiba. O Grupo que é uma ajuda e de certa forma um local de desabafos, discutiu os “Principais exames médicos e audiológicos para o diagnóstico do zumbido”, com a presença de Rita Mendes, coordenadora do GAPZ-Curitiba e Izabella Pedriali de Macedo, fonoaudióloga especialista em audiologia.

Foto: Marie-Claire Devos
Lesle Maciel, Rita Mendes, Gerson Köhler, Vivian Pasqualin, Isabella de Macedo e Andrea

Em primeiro lugar, as especialistas fazem questão de frisar que o zumbido não é exatamente uma doença, mas um sintoma que pode ser provocado por diversos fatores, que em alguns casos é acompanhado de um certo grau de perda de audição. “Vale lembrar que zumbido não pode provocar surdez, porém, a surdez pode ocasionar o zumbido”, avisa Izabella.

Esse é o caso da aposentada Helena Moscleski, ela sofre com o zumbido há dez anos por conta de seu problema de perda auditiva. “Eu esperei quatro anos para poder marcar uma consulta e ter o diagnóstico, mas agora que estou usando um aparelho auditivo, as coisas melhoraram um pouco, mas espero que com a ajuda do grupo os benefícios aumentem”, conta.

Segundo Rita, o primeiro passo ao sentir os sintomas é procurar um médico, pois a partir da consulta é que se pode encaminhar e solicitar exames para o paciente. Além de avaliações que complementarão a consulta e determinarão as causas do zumbido para cada um.

“Inicialmente, o médico fará um interrogatório ao paciente sobre seu hábito de vida, se ele possui algum tipo de tolerância a sons, alergias, problemas emocionais e de saúde, entre outros. Depois é realizado exames físicos – ouvidos, nariz, garganta e ausculta”, diz.

Após essa primeira consulta serão pedidos exames laboratoriais de sangue (hemograma, glicemia, colesterol e triglicerídeos, hormônios tireoidianos, dosagem de zinco e reação sorológica a sífilis) e exames de audição realizados pelo fonoaudiólogo.

“Esses exames são importantes, pois revelam a causa do zumbido. É importante também manter uma alimentação saudável, evitar cafeína e praticar exercícios, para que assim problemas de saúde sejam evitados e o zumbido também”, ressalta Rita.

Izabella, explica que na dependência destes resultados o médico poderá solicitar: audiometria, exames de imagem (tomografia computadorizada, ressonância magnética de ouvidos), de Doppler arterial e as avaliações com profissionais: dentista, fisioterapeuta, psicólogo, entre outros.

“É muito importante que o paciente procure ajuda o quanto antes, pois isso auxilia no tratamento. E todas essas avaliações são muito importantes, porque cada caso é um caso”, afirma.

De acordo com Izabella, atualmente se pode tratar o zumbido e eliminar o barulhinho incômodo, podendo até acabar com o mal. Depois do diagnóstico, o ortodontista e ortopedista facial e membro da GAPZ Curitiba, Gerson Köhler, diz que não há motivo para se assustar, pois o problema tem tratamento.

“Como o zumbido pode ter várias causas é importante que seja feito exames detalhados. Por isso GAPZ-Curitiba conta com uma equipe multidisciplinar – com otorrinolaringologistas, dentistas, fonoaudiógolos, fisioterapeutas, psicólogos, entre outros profissionais”, conclui.


SERVIÇO:
O que: Grupo de Apoio a Pessoas com Zumbido
Próximo encontro: 02.07.2010
Tema: Relações entre o zumbido, intolerância a sons e perda auditiva.
Horário: a partir das 14h
Local: 5º andar anexo B do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná

OBS: Bem que poderia ser criados grupos com esse objetivo em nosso Estado.

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