Implante de lentes intra-oculares multifocais corrige a catarata e pode eliminar o uso de óculos
Nova técnica no tratamento da catarata está trazendo mais qualidade de vida para as pessoas submetidas à cirurgia.
A boa nova está ligada às lentes intra-oculares multifocais, que proporcionam, além do tratamento da patologia, a possibilidade de correção do grau dos óculos, inclusive do astigmatismo – incapacidade do olho de focar objetos próximos – e da presbiopia – a chamada vista cansada. “Elas permitem uma boa visão para longe e perto, liberando cerca de 80% dos pacientes dos óculos ou das lentes de contato”, destaca Dr. Daniel Moon Lee, responsável pelo Departamento de Catarata do Inob, em Brasília.
Com o método mais avançado, denominado facoemulsificação, o cristalino – lente natural que se tornou opaca - é fragmentado por ultra-som e aspirado. Em seguida, é implantada a lente intra-ocular multifocal. “Embora rápida, a cirurgia é considerada delicada e, por vezes, complexa, demandando a condução por um profissional habilitado”, comenta o especialista.
O processo de recuperação varia de acordo com cada paciente, mas em média é possível retomar as atividades de rotina em seis dias. Durante o primeiro mês, o paciente deve visitar o médico para avaliação pós-operatória e, após esse período, consultas de rotina são suficientes.
Mais que uma questão específica de visão, a catarata compromete a qualidade de vida por reduzir a autonomia. “Trata-se de uma lesão ocular que se caracteriza pela perda progressiva da transparência do cristalino, que tem a função de ajudar a córnea a focalizar o que vemos. Sem a segurança oferecida pela visão, é natural que a pessoa limite suas atividades”, descreve Dr. Daniel.
O médico observa em sua prática diária que a cirurgia simboliza o resgate do bem-estar e da vitalidade para as pessoas na terceira idade. “A família deve estar atenta, porque muitas vezes o idoso não percebe os sintomas e pode adotar, com isso, uma atitude de isolamento”, complementa.
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