"Sabe como é a fama de cearense... alto astral sempre e bom humor de sobra. Daí criamos uma nova lenda pro sertões, imagine você, quem vê aquele bichão azul e prata, lindo, acelerando, ignorando o que tem pela frente pergunta, que carro é esse? E alguém responde: é o Tuareg. Daí lá vem à gente, e aí alguém olha de novo e vê aquele outro carrinho...meio azul, meio prata, voando baixo, levantando aquele poeirão e aí quando alguém fala, e aquele? O sertanejo, cabra bom de pensamento, já tem a resposta: aquele? Aquele é o Tuajegue"! Conta o irreverente Riamburgo.
No sábado, após cumprir a quarta etapa da prova, Ximenes e Stanger fizeram bonito, e levaram o Sherpa, vulgo Tuajegue ao terceiro tempo do dia na geral, atrás apenas dos poderosos Tuaregs, e conquistando melhor tempo dentre os brasileiros. Nesta quinta, foi cumprido o segundo trecho da etapa maratona quando os competidores não podem contar com apoio mecânico o que transforma cada quilometro num desafio constante de resistência das máquinas e competência para os competidores. Nesse processo, o rally acaba elegendo seus sobreviventes enquanto outros ficam pelo caminho. Hoje foram cumpridos mais 144 km de trecho cronometrado que fecharam a etapa maratona, seguidos por um deslocamento de 302 km até Palmas, capital do Tocantins.
Após as duas partes da etapa maratona, a dupla cearense pontua agora na quinta colocação geral da prova. Sendo terceiro na pontuação dentre os brasileiros, já que os dois primeiros colocados são os Tuaregs, atuais campeões mundiais e inalcançáveis e tecnologia e investimento mundial.
"Nosso objetivo é vencer dentre os brasileiros, o Rally dos sertões esta vivendo duas realidades distintas. O mundo de desenvolvimento e investimento de uma fábrica em seu time, onde não há limite em tecnologia e dinheiro. E a realidade brasileira, onde nossos carros brigam por segundos e poucos minutos entre si", explica Ximenes.
Para um comparativo simples, segundo informações não oficiais, o investimento do time da Volkswagen somente para o Dakar gira na casa dos 25 milhões de euros. O investimento de um brasileiro para um rali como o Sertões tem custo médio de 150 mil reais para as principais equipes. Obviamente descartando o valor do veículo no caso do Brasil.
O resultado geral acumulado após cinco etapas realizadas é o seguinte:
1 - Giniel de Villiers/ Dir von Zitzewitz - Volkswagen Motorsports - 14h57min25seg
2 - Mark Miller/ Ralph Pitchford - Volkswagen Motorsports - 15h09min54seg
3 - Reinaldo Varela/ Marcos Macêdo - 16h22min03seg
4 - João Franciosi/ Rafael Capoani - 16h26min05seg
5 - Riamburgo Ximenes/ Stanger Eller - 16h41min38seg
O rali segue nesta segunda, dia 23, de Palmas no TO, rumo a Balsas, no MA. Serão cumpridos 682 km totais, dos quais 536 de trecho cronometrado. Esta será a maior especial da história do Sertões. A estimativa é que os competidores não finalizem em menos de 8 horas o trecho total, que mostrará a todos a face seletiva do deserto do Jalapão, um terreno muito arenoso e bastante perigoso
Riamburgo Ximenes e Stanger Eller têm o patrocínio de: Nacional Gás Butano, Ypióca e Ponto da Moda. O apoio é de Lico e BF Goodrich.
Um comentário:
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