O PO-210 é tido como responsável por 1% de todos os cânceres de pulmão nos Estados Unidos, onde também mais de 1.600 mortes são atribuídas à substância. Além disso, 11.700 mortes em todo o mundo, por ano, também são atribuídas ao PO-210. Estima-se que fumantes de um maço e meio de cigarros por dia são expostos a mais radiação que receberiam se fossem submetidos a 300 raios-X do tórax por ano.
“Este estudo é mais uma prova que a indústria do tabaco, que mantém nos dias de hoje um discurso sobre responsabilidade social e investe em programas claramente de marketing para limpar sua imagem, sempre soube dos perigos causados pelas substâncias presentes nos cigarros e dos riscos do fumo passivo. O pior é que mesmo hoje em dia, ela tenta negar esses riscos, investindo em programas de separação de ambientes entre fumantes e não-fumantes, dizendo que a fumaça só atrapalha quem não a vê. É um escárnio”, afirma Paula Johns, diretora-executiva da ACT.
Este estudo analisou documentos internos e testemunhos da indústria do tabaco e descobriu que esta indústria:
§ Tinha conhecimento da presença do PO-210 no tabaco e na fumaça do tabaco há 40 anos
§ Tentou remover a substância radioativa de seus produtos, mas não conseguiu
§ Impediu a publicação de sua própria pesquisa interna sobre PO-210 para evitar as advertências ao público a respeito dos cigarros, por medo ‘de acordar um gigante adormecido’.
§ Durante os processos, negou ou evitou admitir o conhecimento do PO-210 nos seus produtos.
§ Continuou minimizando seus conhecimentos sobre o PO-210.
As informações sobre os esforços para remover o PO-210 e publicar suas descobertas foram suspensas porque seus técnicos não tiveram sucesso em remover a substância, e as tentativas foram custosas, resultariam na perda dos ‘sabores aromáticos’ dos cigarros e prejudicariam a indústria nos processos judiciais.
As ações das tabaqueiras demonstraram sua própria decepção e disposição para esconder informações do público e consumidores.
O estudo, em inglês, está disponível no site do American Journal of Public Health: http://www.ajph.org/ e também no site da ACT: http://www.actbr.org.br/uploads/conteudo/122_POLONIO-PO-210.pdf
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