quinta-feira, 31 de julho de 2008

.:. O QUE É ESSE TAL DE ZUMBIDO NO MEU OUVIDO? .:.

Chefe do Grupo de Pesquisa em Zumbido da faculdade de medicina da USP alerta população e explica as principais causas para o sintoma que acomete 15% da população brasileira.

O que Eric Clapton, Bono, Phil Collins e Ozzy Ozborne têm em comum? Todos são cantores internacionais e com grande repercussão, mas, além disso, todos sofrem com um sintoma – Zumbido, que assim como eles, afeta 28 milhões de brasileiros.

O Zumbido nada mais é do que um som que não está ao nosso redor, mas sim, que nasce dentro da via auditiva. O sintoma aparece como uma forma de compensação para alguma agressão que o ouvido possa ter sofrido, para tentar compensar esta possível perda, outras partes da via auditiva começam a trabalhar em um ritmo mais acelerado, disparando mais impulsos elétricos para o cérebro, que por sua vez, interpreta esses impulsos como se fossem sons. A diferença é que estes sons não vieram do meio ambiente, mas sim foram criados dentro da própria via auditiva de cada um.

O barulho pode ser comparado com qualquer tipo de som - as comparações variam com o nível cultural e as experiências de cada um, porém os mais comuns são apito, chiado, canto de cigarra ou de grilo, zunido de abelha, cachoeira, panela de pressão, lâmpada fosforescente, escape de ar, etc.

Algumas vezes o Zumbido pode parecer um som que tem o ritmo do batimento do coração e, nesses casos, representa problemas dos vasos sanguíneos ou dos músculos próximos da via auditiva, devendo ser investigados e tratados de modo diferente dos demais.

A intenção do organismo em produzir o Zumbido é algo natural, e deve ser encarado como um sinal de alerta que demonstre alguma irregularidade com o corpo. Cerca de 10% dos pacientes que buscam ajuda no GAPZ, Grupo de Apoio a Pessoa com Zumbido, não apresentam nenhuma perda auditiva, o que não significa que a via auditiva esteja perfeita, muitas vezes as lesões no ouvido são tão pequenas que simplesmente ‘não aparecem’ no exame.

O fato de ser tão comum e de prejudicar a qualidade de vida em alguns casos deveria ser um motivo a mais para que as pessoas se informassem melhor e para que os profissionais de saúde e os órgãos governamentais dessem mais valor ao diagnóstico e ao tratamento do Zumbido”, ressalta Dra. Tanit Ganz Sanchez, otorrinolaringologista, precursora dos estudos no Brasil e chefe do grupo de pesquisa do Hospital das Clínicas.

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