A exposição é uma homenagem ao próprio Christian Dior, em que será exibido seu talento, refinamento e amor pelos trajes suntuosos, expressos em criações para grandes bailes do período pós-guerra.
Daisy Fellowes num vestido Dior no baile de máscaras oferecido por Charles de Beistegui no Palazzo Labia em Veneza, em 1951. Fotografia de Cecil Beaton © Sotheby’s Londres
Vestido “Arlequim”, Primavera-Verão 1998, coleção de Alta Costura. Christian Dior por John Galliano. Fotografia de Guy Marineau © Christian Dior
Christian Dior disfarçado de “Rei dos Animais” no Baile de Reis e Rainhas em 1949. Photograph & © Keystone
Esta extraordinária exposição recria o universo e as criações de Christian Dior – alta costura, acessórios e fragrâncias da Maison Dior, mais quadros, fotografias, filmes de arquivo pessoal e obras literárias, reunidos em um contexto singular: a história dos bailes de gala, do século XVIII ao presente.
A exposição é uma homenagem ao próprio Christian Dior, mostrando seu talento e refinamento, e seu amor pelos trajes suntuosos, expressos em criações para grandes bailes do período pós-guerra.
O estilista marcou presença em eventos memoráveis, incluindo o Baile de Reis e Rainhas de 1949, ao qual compareceu disfarçado de “Rei dos Animais”, o Baile dos Artistas de 1956, no qual surgiu com um look “Dandy” e o Baile de Máscaras e Dominós organizado por Charles de Beistegui no Palazzo Labia em Veneza no ano de 1951.
Grande parte dos trajes e fantasias criados por Christian Dior para este baile mítico - Baile de Máscaras e Dominós – frequentemente descrito como “a festa do século”, serão emprestados pelo Museu de Artes Decorativas e pelo Museu Galliera.
A primeira parte da exposição evoca as fontes de inspiração que alimentaram a imaginação do próprio Christian Dior: sua infância, marcada por bailes no Cassino de Granville, seguida pela descoberta dos balés da Opera e dos balés Russos em Paris. Também estão retratadas suas amizades com o músico Henri Sauguet e o decorador Christian Bérard, e sua profunda paixão pela criação artística e pelos artistas do seu tempo.
Uma das principais peças da exposição é o auto-retrato de Kees Van Dongen como Netuno (1922), que serviu de inspiração para o primeiro vestido de baile criado por Christian Dior. Esta obra excepcional foi emprestada para a presente exposição pelo Museu Nacional de Arte Moderna (Centro Pompidou de Paris).
A segunda parte revela o período de 1980 até o presente, evocando o renascimento dos grandes bailes tais como o “Baile das Debutantes” e mostruários dos “novos bailes” da Maison Dior ocorridos nas últimas décadas.
Também foram incluídos o “Baile dos Artistas”, para o qual John Galliano buscou inspiração nos grandes mestres: Goya, Velásquez, Rembrandt, Vermeer e outros – realizado para celebrar o sexagésimo aniversário da Maison Dior no Castelo de Versalhes em 2007, e o “Baile em Honra à Marquesa Cassati”, que inspirou a coleção primavera-verão de alta costura de 1998.
A mostra também apresenta as festas realizadas pela Parfums Christian Dior na melhor tradição dos bailes de gala: “Poison” (1985) e “Dune” (1991), realizados no Castelo de Vaux-le-Vicomte, bem como a grande noite “Midnight Poison”, realizada na Ópera de Paris em 2007 – baile imortalizado pela campanha publicitária do diretor Wong Kar-wai – todos serão apresentados na exposição.
Dirigida por Frédéric Beauclair no coração da Villa “Lês Rhumbs”, recriando o espírito mágico e opulento dos grandes bailes. Além de uma iluminação estonteante, ambientação musical mais os documentos em áudio e vídeo, permitem que os visitantes - ao menos durante um maravilhoso interlúdio – sintam-se como convidados efêmeros do “Grande Baile Dior”.
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