QUATRO NOTAS
Nellie Lafuente (turismo) e Madiana Romcy (dança) vão curtir a Noite de São Silvestre em Paris, onde participam, no Hotel Méridien, de uma festa a rigor para 400brasileiros. Noite chiquérrima.
Também queremos o Glamour Girl 2011 com traje a rigor, ou seja, smoking e longos. A noite fica mais bonita, chique e elegante. E aqui, precisamos de festa de alto nível, pois só social (o cara vai de jeans) e quando se pede paletó e gravata, não gosta de usar gravata. Afinal quem freqüenta e quer ser chique, deve usar a traje solicitado no convite.
O boa praça Geraldo Silveira - o ex-colunista, pioneiro da crônica social em nosso Estado, Roberto de Sangerie - irá romper 2011 em cruzeiro (o de número 50. É já que fará parte do Guinness Book) pelo Caribe, a bordo do Allure of the Seas, o maior navio de passageiros do planeta.
Já que falamos no Allure of the Seas, em fevereiro, um grupo de 40 cearenses estarão embarcando para um cruzeiro pelo Estados Unidos e outras plagas. Do grupo faz parte o causídico Welton Demétrio, que leva sua mulher, Cecília, a tiracolo.
MINISTÉRIO DA CULTURA INVESTIU R$ 500 MIL EM OBRA SOBRE A TRAJETÓRIA DE LUIZ GONZAGA
Ministro Juca Ferreira prestigiou nesta sexta-feira (17) o lançamento do livro “O Rei e o Baião”, em Brasília
O ministro da Cultura, Juca Ferreira, participou nesta sexta-feira (17) do lançamento do livro "O Rei e o Baião", ao lado do organizador Bené Fonteles, na sede do Ministério da Cultura (MinC), em Brasília. O MinC investiu R$ 500 mil na publicação, que pretende fomentar e também avivar a memória dos que apreciam a obra de Luiz Gonzaga, um dos maiores ícones da cultura nordestina e brasileira. Gonzagão completaria 98 anos na última segunda-feira, 13 de dezembro, data em que o livro foi lançado em Recife e também o Dia Nacional do Forró.
O ministro ressaltou a importância de Luiz Gonzaga para o Nordeste brasileiro: “A repercussão de sua música possibilitou que o Brasil inteiro compreendesse a grandiosidade da contribuição da cultura nordestina para a definição da identidade cultural do país”. Juca Ferreira lembrou ainda sua relação pessoal com a obra do rei do baião. “Gonzaga era um dos músicos que, cada vez que eu ouvia nos oito anos que passei no exílio, conseguiam me transportar direto para o Brasil”, emocionou-se.
"O Rei e o Baião" resume, numa publicação recheada de fotografias e belos textos, a trajetória do artista. Bené Fonteles conta que provocou vários autores a escrever e gerar os ensaios com xilogravuras, fotografias, pinturas, esculturas, tudo para contar a história do sertão nordestino e de Luiz Gonzaga, que, para Fonteles, se consagra como um dos seis pilares da cultura musical brasileira junto a Tom Jobim, Pixinguinha, Noel Rosa, Dorival Caymi e Cartola. “Ele tem uma importância enorme. Influenciou uma geração de artistas e definiu todos os rumos da música popular no Brasil”, define.
CAIS DO SERTÃO SERÁ LANÇADO DIA 28
O espaço Cais do Sertão será, nas palavras de Juca Ferreira, “mais que um museu, mais que um memorial em homenagem a Luiz Gonzaga. Será um centro de referência da cultura nordestina”. Este será também o primeiro centro cultural nacional hi-tech de alto porte em Pernambuco e destacará a importância deste ícone do sertão nordestino para a cultura e o imaginário brasileiro. A inauguração será no dia 28 de dezembro, com shows de Dominguinhos, Targino Gondim e outros cinco sanfoneiros, que se apresentarão no Marco Zero, a partir das 17h, com a presença do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro Juca.
Ainda em fase de construção, o projeto é resultado de uma parceria entre o Ministério da Cultura, o Governo do Estado de Pernambuco e do Porto de Recife, e representa um investimento de R$ 26 milhões, sendo R$ 21 milhões investidos pelo governo federal.
FIM DO ANO E NATAL PODEM TER INFLUÊNCIA NA SAÚDE DO CORAÇÃO
Pesquisas americanas mostram um aumento dos casos de doenças cardíacas entre dezembro e janeiro e um pico de ataques cardíacos entre Natal e Ano Novo, o que chamam de Holiday Heart Syndrome
Cardiologista Elias Knobel, autor do recém-lançado “Coração ... é Emoção” (Ed Atheneu) afirma que o stress desta época do ano, com fechamento de projetos, metas, encontros familiares, compras de Natal, excesso de álcool, comida e a “obrigação” de se sentir feliz, podem ter efeitos indesejáveis para a saúde cardíaca
Lugares iluminados e enfeitados, árvores de Natal, votos de felicidade, férias, festas e um novo ano que começa. Muitas coisas são boas no final do ano, mas especialistas fazem um alerta: esta época pode ter efeitos indesejáveis ao coração. De acordo com o cardiologista Elias Knobel, Diretor Emérito e Fundador do Centro de Terapia Intensiva do Hospital Israelita Albert Einstein, autor da recém-lançada obra “Coração ... é Emoção” (Ed. Atheneu) as emoções e os hábitos relacionados a esta época do ano têm efeito direto neste órgão vital, principalmente para aqueles que já têm propensão às doenças cardíacas. “Este fenômeno tem até uma expressão nos Estados Unidos, chamado de “Holiday Heart Syndrome”, que representa o conjunto de fatores que podem desencadear problemas de coração e até um ataque cardíaco nesta época do ano”, afirma Knobel.
Um estudo realizado pela Universidade da Califórnia que analisou as 53 milhões de mortes do coração que ocorreram nos EUA entre 1973 e 2001 mostrou um maior número de mortes entre os meses de dezembro e janeiro, com picos durante o Natal e Ano Novo. Estudos mais recentes mostram a mesma incidência.
Para Knobel, fatores como excesso de bebida alcoólica e comida desempenham papel fundamental nestes índices. “É muito comum durante o plantão de Natal recebermos pessoas com quadro de síncope e arritmia. Bebem e comem mais que a conta e acabam passando mal e prejudicando o coração”, afirma.
O stress - característico desta época - com fechamento de projetos, metas, corrida para as compras de final de ano, encontros familiares e um salário que nem sempre dá para pagar as contas do ano, também é um vilão para a saúde cardíaca. “Muitas vezes, a pessoa não tem doença coronária, mas com esta carga de stress, cai e desmaia. Isso é um efeito direto de substâncias como a adrenalina e de outras que podem afetar o coração. E, se tiver alguma obstrução nas artérias coronárias, os efeitos poderão ser maiores”, explica.
Outro fator são as emoções, tão afloradas no final do ano. Quando negativas, podem afetar a saúde cardíaca, como Knobel explica no livro recém-lançado “Coração ... é Emoção”, da Editora Atheneu. “Há no Natal aquela obrigação de estar feliz e nem sempre as pessoas estão propensas a isso, porque estão em luto, brigados com a família, doentes, sozinhas, etc”. No livro, Knobel e os diversos colaboradores explicam como a depressão, raiva e hostilidade têm influência direta no coração. “A depressão é acompanhada de uma incidência maior de problemas cardíacos. Depois de problemas coronarianos , pacientes com depressão têm mais complicações”, afirma.
FELICIDADE E PRUDÊNCIA
Para Knobel, também há aspectos positivos em relação a esta época para a saúde do coração. “É um período muito bonito, de muita confraternização. Quando a pessoa consegue entrar no clima das festas, o coração só sai ganhando”, explica. Quanto à comida e à bebida, é bom maneirar. “Tudo que é em excesso prejudica não só o coração, mas todos os órgãos do corpo. Prudência é a palavra de quem tem saúde”, explica.
Por que as pessoas têm mais problemas de coração nesta época?
• Excesso de bebida alcoólica
• Férias, festas e viagens – pessoas relaxam da dieta equilibrada
• Excesso de sal nas comidas
• Stress de encerramento de ano – fechamento de projetos, metas, obrigações, contrariedades, cansaço do ano, compras, dinheiro, encontros familiares
• Depressão e tristeza causadas pelo período
• Falta de Adesão aos tratamentos
• Adiamento de ir ao médico e resolver problemas de saúde
AZUL COMEMORA DOIS ANOS DE OPERAÇÕES
Companhia fecha 2010 como a terceira do mercado brasileiro, seis milhões de clientes transportados, 2.800 funcionários, 26 aeronaves e 28 cidades atendidas. Em 2011, a Azul receberá mais 12 E-jets Embraer e os primeiros ATRs.A Azul comemora dois anos de operações regulares no mercado de voos domésticos brasileiro com 7,27% de participação, consolidando-se como a terceira maior companhia aérea do País em fluxo de passageiros. Em apenas dois anos, a Azul atingiu recordes mundiais e conquistou alguns dos melhores índices do setor de aviação brasileira, firmando-se como a mais bem-sucedida empresa aérea surgida no Brasil nas últimas décadas.
Desde sua criação, a companhia transportou mais de seis milhões de passageiros – marca nunca antes atingida tão rapidamente por outra companhia em todo o mundo. Atualmente, a Azul opera uma frota de 26 aeronaves Embraer, que realiza cerca de 200 voos diários para 28 destinos.
A companhia é bicampeã de pontualidade no Brasil nos anos de 2009 e 2010, com uma taxa média de 93% dos voos partindo no horário previsto, segundo dados da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária).
A Azul também é líder em regularidade de voos com a menor média de cancelamento de voos no setor - 0,5% frente a 5% -, e possui a maior taxa média de ocupação do mercado: cerca de 82%. “Olhando de onde chegamos, podemos constatar que construímos algo ímpar no mundo. Nossa marca está sendo bem recomendada por milhares de brasileiros, espalhando a Experiência Azul boca a boca, uma das maneiras mais eficazes de divulgar um produto com credibilidade.” afirma Pedro Janot, presidente da companhia.
Entre os destaques da Azul em 2010 estão: a ampliação de seus canais de vendas com o lançamento de três lojas fora do aeroporto, uma no Shopping Eldorado e outra dentro do Mais Shopping, na região do Largo 13 - ambas em São Paulo, e uma em Brasília, no Congresso Nacional; o lançamento de uma comunidade virtual, a Viajamos.com.br - que hoje conta com quase 93.000 membros; a aquisição de seu simulador de voo próprio - um investimento de US$ 20 milhões; a criação da Azul Viagens; o anúncio da compra de 20 turboélices ATR 72-600, mais opção para 20 outras aeronaves do modelo e, finalmente, em iniciativa inédita na aviação brasileira, a pintura de um jato de rosa como símbolo de seu engajamento na luta contra o câncer de mama.
Em 2011, a Azul receberá mais 12 E-Jets Embraer e os primeiros ATRs. “No ano que vem, vamos crescer acima do mercado de aviação brasileiro”, diz David Neeleman, fundador da Azul.
No Brasil e no mundo, a Azul está sendo reconhecida como uma marca forte que consegue conectar-se emocionalmente com seus consumidores. O site Facebakers, referência em estatísticas e dados gerais sobre o Facebook, divulgou que a Azul é a segunda colocada na lista das marcas de maior interesse no Brasil, permanecendo atrás da Nike Futebol.
No ranking mundial de companhias aéreas está na sétima posição. No exterior, a publicação anual da revista americana Advertising Age de Nova York – The World’s Hottest Brands, considerou a Azul como uma das 30 marcas mais desejadas e inovadoras do planeta.
“A Azul surgiu no mercado para mudar a maneira que se voa no Brasil. Tornamos o transporte aéreo mais humano, fácil e econômico. Este é nosso diferencial: serviço de qualidade aliado ao respeito ao cliente e preços acessíveis” completa David.
LIVRO CRITICA O FEMINISMO E PROPÕE RETORNO AO FEMININO
Obra de Carrie L. Lukas contesta radicalmente os movimentos de liberação da mulher e defende o padrão à moda antiga
Em pleno ano 2010, a norte-americana Carrie L. Lukas, engajada em movimentos conservadores, critica em seu livro Mulher sem culpa, publicado pela Editora Gente, duramente as conquistas femininas das últimas décadas. Em seu discurso, a autora confronta o comportamento da mulher contemporânea, mais especificamente a que segue a cartilha do feminismo.
Para ela, na maioria das vezes, essa mulher se torna dura e assume a solidão, substituindo relacionamentos por sexo causal. “Desde quando sexo sem compromisso é sinônimo de mulher feliz ou satisfeita no relacionamento?”, questiona a autora.
A obra é fundamentada em ampla bibliografia e estudos sobre comportamento e defende uma conduta mais feminina e menos feminista, onde as mulheres se permitam receber gentilezas, como receber flores, extirpando a convicção de que o homem seria um “inimigo”.
Mas qual será a razão para tantas delas ainda estarem hoje insatisfeitas em seus relacionamentos? Talvez a troca de papéis que muitas mulheres vêem encarnando nos dias atuais, e que retoma o debate entre os que defendem o feminismo e o feminino.
De acordo com uma pesquisa realizada pela edição norte-americana da revista Marie Clarie, um terço das mulheres considera-se feminista. Porém, o que significa ser feminista hoje, cerca de 40 anos depois do nascimento do movimento feminista moderno?
O feminismo aponta para o refluxo de euforia das décadas de 70 e 80, quando as mulheres se libertam sexualmente e ingressam com força no mercado de trabalho, como o ponto principal para o surgimento da mulher que almeja ser a melhor mãe, a profissional de sucesso e com um belo corpo pronto para produzir muitos orgasmos.
A autora confronta o comportamento da mulher
Contemporânea, mais especificamente a que segue a cartilha do feminismo. Para ela, na maioria das vezes, essa mulher se torna dura e assume a solidão, soterrada pela mensagem de que o sexo casual é uma parte importante da vida de uma mulher moderna. Carrie aborda que muitas se arrependem do sexo casual, não apenas de imediato, mas também anos mais tarde, quando já estão casadas ou quando enfim encontraram o amor de sua vida.
O livro não prega que as jovens tenham que abraçar a abstinência sexual até o casamento, no entanto, aconselha que elas reconheçam as armadilhas do sexo casual que, muitas vezes, estão escondidas em nossa cultura saturada de sexo.
A mídia, por exemplo, mostra nos filmes e na televisão os jovens virgens sendo retratados de maneira a parecer fora de moda, e os fazem parecer tão raros quanto um unicórnio. Enquanto isso pesquisas revelam que os jovens têm ideias bem conservadoras sobre o papel do sexo e a importância da virgindade.
A conclusão é de que os pais devem assumir um papel na formação das atitudes e escolhas de seus filhos em relação ao sexo. É importante que as moças (e os rapazes) saibam que nem todas as suas colegas são sexualmente ativas porque o desejo de ‘se ajustar’ pode ter uma influência real sobre seu comportamento.
A autora expõe alguns mitos frequentes vendidos a jovens mulheres, abordando áreas de pesquisa que são tabus e, portanto, não são discutidas no mundo do ‘politicamente correto da academia ou na cultura de massa dirigida às moças’.
SOBRE A AUTORA:
Carrie L. Lukas é bacharel em políticas públicas pela Universidade de Princeton, tendo feito mestrado nessa área na Kennedy School of Government da Universidade de Harvard. É vice-presidente e diretora de políticas conservadoras e não partidárias do Independent Women's Forum (IWF), membro sênior do Instituto Goldwater e colaboradora da revista National Review Online. Escreve artigos para o Washington Post e para outras publicações norte-americanas de renome, além de ser convidada frequente de programas de rádio e televisão.
SERVIÇO:
Título: Mulher sem culpa
Subtítulo: Coisas fundamentais que toda mulher precisa saber para ser mais feliz
(e que as feministas fazem questão de esconder)
Autora: Carrie L. Lukas
Editora: Gente
ISBN: 978-85-7312-714-0
Formato: 16x23
Páginas: 240
Gênero: Autoajuda
Preço: R$ 29,90
IDOSOS COM DIFICULDADES DIÁRIAS SERÃO 4,5 MILHÕES EM 2020
Cerca de 4,5 milhões de idosos terão dificuldades para as atividades da vida diária nos próximos 10 anos, um acréscimo de 1,3 milhões ao contingente observado em 2008. Desses, 62,7% devem ser do sexo feminino.
Essa é uma das principais conclusões do livro Cuidados de longa duração para a população idosa: um novo risco social a ser assumido?, lançado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) ontem no Rio de Janeiro.
Organizado pela coordenadora da área de População e Cidadania do Ipea, Ana Amélia Camarano, a obra foi lançada com a apresentação da mesa redonda Cuidados para a população idosa: de quem é a responsabilidade?
“Se a proporção de idosos com incapacidade funcional diminuir como resultado de melhorias nas condições de saúde e de vida em geral, provavelmente cerca de 3,8 milhões de idosos vão precisar de cuidados de longa duração em 2020, um valor superior em 500 mil ao observado em 2008”, disse Ana Amélia. Segundo ela, “é urgente pensar uma política de cuidados de longa duração para a população idosa brasileira, inclusive porque a oferta de cuidadores familiares tende a se reduzir nos próximos anos”.
A constatação da ausência de uma política estruturada e articulada de cuidados formais é o ponto de partida das reflexões. Hoje, a família desempenha o papel de cuidar de aproximadamente 3,2 milhões de idosos sem praticamente nenhum apoio seja do Estado ou do setor privado.
A ação dos órgãos governamentais é mínima, reduzida à modalidade de abrigamento nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (Ilpis) – os “asilos” do passado – que têm sua origem na caridade cristã e ainda dependem dela, em sua maioria. Outras alternativas são escassas.
O livro aborda as necessidades dos idosos mais frágeis e das famílias cuidadoras, o perfil das Ilpis e suas fragilidades e algumas alternativas ao modelo integral. A obra coloca o leitor diante dos mitos, estigmas e estereótipos relacionados a essas instituições com base em pesquisas qualitativas que retratam a história de vida dos residentes dessas instituições no estado do Rio de Janeiro.
O livro parte do novo cenário demográfico (mais longevos na população brasileira) com quatro perguntas: como ficará a autonomia dos idosos para as atividades da vida diária? ; a família brasileira continuará como principal cuidadora dos membros idosos?; 3) quais são as alternativas de cuidado não familiar disponíveis no Brasil?; e qual deverá ser a responsabilidade do Estado na provisão de serviços de cuidados para a população dependente?
Os “asilos” são historicamente associados ao abandono familiar e à pobreza, e nessa associação está a origem do preconceito. O livro busca desconstruir a oposição reinante entre vida e residência em Ilpis, bem como entre solidão e aconchego, e mostra que a vida em Ilpis é um pedaço da vida fora delas, uma continuação do que se vive fora delas.
Não há rupturas, como se imagina. Há namoros, encontros, desencontros, solidão, brigas, felicidades, tristezas e muitas outras emoções. “Também mostra que a família é uma instituição idealizada; é um espação de disputa de poder entre gênero e gerações”, afirma Camarano.
A obra provoca também uma discussão necessária sobre cuidados paliativos e qualidade da morte. Aborda, ainda, a fragilidade das redes sociais em relação aos cuidados de longa duração no município do Rio de Janeiro, evidenciada pelo alongamento do tempo de internação hospitalar de idosos sem condições de se reinserirem socialmente. São as “institucionalizações hospitalares de idosos”, reflexo da baixa oferta de instituições.
O capítulo final apresenta a discussão indicada pelo título do livro. De quem é a responsabilidade de cuidar dos nossos idosos? De que forma o ato de cuidar pode ser partilhado entre família, mercado e Estado? Um dos caminhos é entender esses cuidados como direito social, assim como a previdência, a saúde e a assistência, e dissociá-los da noção vigente de filantropia e caridade cristã. Além disso, assume-se que essa responsabilidade deve, também, ser compartilhada entre esses três atores.
Há também uma reflexão sobre o formato que as Ilpis assumem hoje e as alternativas de cuidado não integrais, tais como centros-dia, centros de convivência, hospitais-dia e cuidados formais domiciliares.
A intenção da obra é contribuir para a discussão sobre os modelos que o Brasil pode adotar para fazer frente aos novos desafios do envelhecimento populacional e às mudanças mais amplas da sociedade.
O livro foi organizado por Ana Amélia Camarano e conta com a colaboração de Anita Néri, Claudia Burlá, Karla Giacomin, Maria Lúcia Lebrão, Yeda Duarte, Eloisa Adler, Ligia Py, Dália Romero, Solange Kanso, Juliana Leitão e Mello, Micheline Christophe, Maria Tereza Pasinato, George Kornis, Aline Marques, Danielle Fernandes Carvalho, Daniella Pires Nunes, Eduardo Camargos Couto, Ligiana Pires Corona, Ana Paula Barbosa e Raulino Sabino.
Leia o livro na íntegra
VERSÍCULOS DO DIA
Seis dias trabalharás, mas ao sétimo dia descansarás: na aradura e na sega descansarás. Êxodo 34:21
Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas. Hebreus 4:10
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